Cientistas analisam o impacto da obesidade na fertilidade masculina

A equipe começou agora a utilizar material humano, para explorar os mecanismos moleculares que estão subjacentes às alterações verificadas nos modelos animais

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Lifestyle hormônios 29/05/16 POR Notícias Ao Minuto

Investigadores da Universidade do Porto estão colaborando no projeto que pretende verificar o impacto dos hábitos alimentares no potencial reprodutivo masculino e no papel desempenhado pelas hormônios gastrointestinais na produção de espermatozóides.

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De acordo com Pedro Oliveira, investigador do Instituto e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), o que se tem verificado e que "os hormônios gastrointestinais funcionam como sensores energéticos no funcionamento das células que produzem espermatozóides".

"Havendo alteração nessas hormônios, fato que se constata nos indivíduos obesos, altera-se também a produção", indicou o investigador, que faz ainda parte da Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (UMIB) e leciona no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).

A obesidade é uma doença metabólica que promove "sérias disfunções hormonais", esclareceu Marco Alves, investigador do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior, que colabora neste projeto.

"Muitas doenças acabam por se desenvolver como consequência do excesso de peso, algumas mais visíveis que outras", acrescentou o investigador, indicando que a infertilidade ou a baixa fertilidade são dois "potenciais" problemas de saúde que decorrem dessa patologia, com a "agravante de não serem detectados de imediato".

Os resultados desta investigação, segundo aponta Marco Alves, podem ter "importantes implicações clínicas" e, em simultâneo, revelar "mecanismos e possíveis abordagens terapêuticas para o tratamento" desses problemas.

Este projeto, intitulado Obesitility, surge no seguimento de um estudo desenvolvido pela equipe, no qual foram obtidos resultados com base em estudos efetuados em animais.

A equipe começou agora a utilizar material humano, para explorar os mecanismos moleculares que estão subjacentes às alterações verificadas nos modelos animais.

As amostras estudadas, provenientes de indivíduos em idade fértil (não superior a 60 anos) com diferentes composições corporais, são coletadas em hospitais públicos e clínicas privadas da zona do Porto, colaboração que a equipe pretende expandir para outros centros médicos do país.

Para a obtenção dos dados, os investigadores estão estudando os hormônios grelina, leptina e peptídeo, responsáveis pela regulação da glucose no sangue, cujos níveis alteram-se na ocorrência de uma mudança significativa na composição corporal. A previsão é que o projeto Obesitility, iniciado em abril de 2016, finalize em 2019.

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