Em pleno século XXI a virgindade ainda é moeda de troca em muitos grupos sociais e religiosos. Ainda hoje, muitas jovens e mulheres recorrem a clínicas médicas para reconstituir o hímen e, entre cristãos fundamentalistas do movimento No Sex, ela é muito valorizada. No mundo muçulmano é exigido das noivas um "certificado de virgindade".
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A historiadora francesa Yvonne Knibiehler mostra em "A História da Virgindade", livro da Editora Contexto, o percurso da castidade feminina, da Antiguidade greco-romana ao século XXI.
A autora revela o mundo das deusas antigas, reconstrói o culto à Virgem Maria, a celebração das santas Joana D'Arc, Teresa de Ávila, as freiras, as huris de Alá. O livro aborda que a exigência da virgindade foi perdendo terreno nas sociedades ocidentais desde o tempo em que a grande preocupação era assegurar a autenticidade da prole, passando pelo celibato como opção libertadora, pela emergência da "moça" e o apogeu da "donzela", até chegar aos ecos da liberação sexual e à valorização das escolhas pessoais.
O fato é que o tema ultrapassa o espaço da intimidade, invade os consultórios, as escolas, as mídias e as redes sociais. A questão da virgindade se mantém em todas as culturas e parece ainda ter um papel simbólico considerável. Por tudo isso e muito mais, falar de virgindade ainda é muito atual.
Serviço
Livro: A História da Virgindade
Autor: Yvonne Knibiehler
Páginas: 224 páginas
Editora Contexto