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A delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa é considerado o pontapé inicial para as tratativas de cooperação internacional com países que abrigam contas de políticos e operadores. Das denúncias feitas por ele pra cá, foram firmadas 50 colaborações premiadas, consideradas fundamentais pelo Ministério Público Federal (MPF) para rastrear o dinheiro.
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Desde então, o MPF registrou 108 pedidos de cooperação internacional com 36 países, alguns deles conhecidos paraísos fiscais. O resultado é animador: O MPF estima que a “Car Wash”, como é chamada na Europa e nos Estado Unidos, já recuperou R$ 5,3 bilhões, sendo que deste total R$ 2,4 bilhões bloqueados em bens somente na Suíça, que aguarda uma ordem judicial para voltar aos cofres públicos.
Segundo O Globo, R$ 659 milhões foram repatriados até o momento. O restante continua espalhado ao redor do mundo, mas, para confirmar o retorno de todo o dinheiro, os países exigem que os donos dos recursos estejam condenados pela Justiça.
"Esse êxito de repatriação foi conseguido graças à técnica psicológica que Curitiba e o Ministério Público de Brasília utilizaram em combinar a delação premiada com a cooperação. Então, no momento que se fazia o acordo se ajustou que os colaboradores devolveriam ou concordariam com a repatriação dos valores pelos canais de cooperação. A combinação dessas técnicas explica o sucesso dessas operações"; disse o secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras.