'Queriam que Cunha fosse absolvido?', diz deputado

Araújo afirmou: "É muito importante que termine logo, agora vocês querem o quê? Que termine e que Eduardo Cunha seja absolvido?"

© Agência Câmara

Política Manobra 08/06/16 POR Folhapress

Após uma manobra na terça-feira (7) para evitar a absolvição do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), admitiu nesta quarta (8) que adiou a votação porque "era clara a vitória" do peemedebista.

PUB

Apesar de afirmar que resolveu desmarcar as sessões desta semana para não atrapalhar a votação no plenário de matérias importantes para o governo, Araújo também admitiu que pesou na decisão a vantagem obtida por Cunha no conselho.

Questionado em entrevista coletiva a jornalistas sobre a postergação, Araújo afirmou: "É muito importante que termine logo, agora vocês querem o quê? Que termine e que Eduardo Cunha seja absolvido, é isso que vocês querem?".

E prosseguiu: "Se votasse ontem, era clara a vitória com [o deputado Carlos] Marun (PMDB-MS) votando, de 11 a 9". Suplente do conselho, Marun votaria porque a titular da vaga, deputada Tia Eron (PRB-BA), considerada o voto decisivo para cassar Cunha, não apareceu na sessão. Sob intensa pressão de deputados e da imprensa, Tia Eron assistiu à sessão escondida na liderança do PRB da Câmara e só saiu de lá depois que a votação foi adiada.

Araújo afirmou que deu "um tempo" para ela repensar. A expectativa é que, com a pressão sobre ela, Tia Eron resolva votar pela cassação. "Eu dei um tempo para que Tia Eron repense para votar com a consciência dela e não com a consciência do governo", disse o presidente do conselho.

Seus aliados suspeitam que o PRB do deputado Celso Russomanno (SP) tenha fechado um acordo com Cunha e com o governo Michel Temer para derrotar o relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) e salvar Cunha.

Segundo ele, a votação só deve ocorrer na semana que vem, em dia ainda a ser definido. Apesar de inicialmente estar prevista sessão para a próxima terça-feira (14), Araújo afirmou que o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, tem um problema de agenda e pediu para que ocorra na quarta (15). A decisão deve ser tomada ainda hoje sobre a data.

O processo contra Cunha argumenta que ele mentiu aos pares por dizer não ter contas no exterior, já que o Ministério Público da Suíça detectou quatro contas ligadas a ele e à família. A defesa do deputado argumenta que as contas estão em nome de trusts, entidades usadas para administrar patrimônio de terceiros, e por isso não são dele.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 19 Horas

Valores a receber: Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,02 bilhões

mundo Irão Há 19 Horas

Chuva de peixes surpreende moradores de Yasuj, no Irã; entenda

fama Luto Há 20 Horas

Morre Susan Buckner, a Patty Simcox de "Grease", aos 72 anos

brasil Brasil Há 19 Horas

Cão espera há um mês em barco por dono que morreu enquanto pescava

mundo EUA Há 18 Horas

Cruzeiro chega a Nova York com baleia de 13 metros morta na proa

lifestyle Pâncreas Há 20 Horas

Câncer de pâncreas: saiba qual sintoma afeta 75% dos doentes

lifestyle Colesterol Há 19 Horas

Sinais nos pés e mãos podem indicar colesterol alto: saiba quais são

brasil Brasil Há 19 Horas

Cavalo fica isolado em telhado no Rio Grande do Sul; veja as imagens

lifestyle Câncer Há 20 Horas

Câncer: 10 sinais silenciosos que podem salvar vidas se você agir logo

fama "A Mãe da Noiva" Há 21 Horas

Brooke Shields e filha fazem rara aparição juntas em estreia de filme