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A chance de que o deputado Eduardo Cunha parta para uma delação premiada neste momento, o que poderia afetar diretamente o governo interino de Michel Temer, é vista como blefe pelos próprios aliados do parmamentar. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, desta quinta-feira (16).
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Segundo a colunista, o deputado ainda vê chances de mudar a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que votou por sua cassação. Ele pode recorrer à delação se a situação se agravar. "Se nada der certo e a mulher dele [Claudia Cruz] for presa, ele for preso, seus bens permanecerem indisponíveis, aí sim ele pode partir para a delação. Quem não faria a mesma coisa?", afirma uma fonte. Cunha teria um "contêiner de documentos" para apresentar à Justiça.
Cunha se convenceu de que o governo Temer não vai atuar em seu favor para evitar uma cassação. A perda de força é explicada pela mudança de voto dos deputados Tia Eron (PRB) e Wladimir Costa (SD). Uma das estratégias pensadas pelo parlamentar para reverter a situação é pedir que a sessão que aprovou o primeiro passo de sua cassação seja anulada.