Indenizações serão afetadas se Samarco não voltar a operar, diz Vale

"A dívida da Samarco não tem garantia dos acionistas. Então, qualquer aporte que venhamos a fazer, tem a perspectiva de retomada das operações", disse um executivo

© Reuters

Brasil MARIANA 16/06/16 POR Estadao Conteudo

A mineradora Samarco, que pertence à Vale e à BHP Billiton, têm condições de retomar as operações ainda em 2016, mas isso depende de liberação de licenças que passam por decisões técnicas, políticas e sociais, de acordo com análise do diretor de controladoria e relações com investidores da Vale, Rogério Nogueira.

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O executivo ponderou, no entanto, que a data para retomada das operações permanece incerta. Por conta desse cenário, ele admitiu a possibilidade de faltarem recursos futuramente para cumprir com as obrigações impostas para compensações dos estragos provocados pela ruptura da barragem. Até aqui, a Samarco já realizou investimentos em compensações que totalizam "algumas centenas de milhões de dólares", conforme mencionou o diretor durante reunião promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo.

Se faltarem recursos, Nogueira afirmou que a Vale considera realizar aportes, embora as dívidas da Samarco não contem com garantias do acionistas, segundo o executivo. "A dívida da Samarco não tem garantia dos acionistas. Então, qualquer aporte que venhamos a fazer, tem a perspectiva de retomada das operações. Não iremos fazê-lo se não houver a perspectiva de que a Samarco voltará a operar", disse.

Nogueira acrescentou que o acordo assinado por Samarco, Vale e BHP Billiton atribui aos acionistas apenas uma responsabilidade subsidiária. Ou seja, os acionistas só fariam aportes no caso de incapacidade financeira da Samarco. Isso, porém, não é o cenário mais provável, ponderou o diretor. "O nosso cenário-base é de que a Samarco tem condições de voltar a operar", reforçou.

Nogueira explicou que a única parte afetada da cadeia industrial da Samarco foi a barragem para depósito de rejeitos, o que poderia ser contornado em caráter transitório por meio da deposição dos rejeitos em cavas até que uma solução definitiva seja implantada. "Estamos com um processo de licenciamento para voltarmos a operar com a Samarco. Tendo isso, a retomada é relativamente simples. Há condições de voltar a operar neste ano, mas isso depende do apoio da sociedade", afirmou há pouco o executivo. Com informações do Estadão Conteúdo.

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