Muricy diz que seleção "jogou dois anos fora" e elogia escolha por Tite

"Para treinar a seleção tem que ser o melhor, assim como na época em que fui convidado (2010), eu era o melhor", disse o técnico, que não deve voltar a treinar uma equipe

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Esporte "AQUI É TRABALHO" 19/06/16 POR Estadao Conteudo

Após deixar o Flamengo, há quase um mês, com problemas de saúde, Muricy Ramalho planeja retornar ao futebol longe da beira dos gramados, apenas como coordenador. Mesmo assim, ainda busca consenso na família, que prefere não vê-lo nos campos de futebol. Na última quarta-feira (16), o treinador conversou com o jornal O Estado de S. Paulo em sua casa de agasalho e boné, trajes típicos da maioria dos treinadores, e manteve o habitual tom crítico, principalmente ao falar sobre o momento do futebol brasileiro.

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Sobre a saída do técnico Dunga e da chegada de Tite à seleção brasileira, Muricy atestou o quanto a CBF perdeu tempo desde a Copa de 2014. "Nós jogamos fora dois anos. Depois da Copa do Mundo, tinha que parar o futebol brasileiro, colocar um técnico interino e vários segmentos do futebol se reunirem para sair com um projeto", afirmou, elogiando Tite em seguida.

"Para treinar a seleção tem que ser o melhor, assim como na época em que fui convidado (2010) eu era o melhor. Não aceitei porque não concordava com algumas coisas. O Tite continua merecendo. Uma coisa que deveriam fazer lá atrás está acontecendo agora. O Tite se preparou, sabe que não será como em um clube, de ter o dia a dia", acrescenta.

Aos 60 anos, Muricy está há 40 no futebol e há mais de 20 como técnico. O último trabalho acabou repentinamente para que pudesse cuidar da saúde. As crises de arritmia assustaram. Futebol, agora, só pela televisão. A volta à ativa será só no ano que vem. A rotina em 2016 será de exercícios físicos, exames médicos e fins de semana no sítio em Ibiúna para relaxar.

O estresse inerente ao futebol o faz planejar o possível retorno longe da beira do campo. "Seria coordenador técnico, alguém que fizesse a ligação da diretoria com o treinador. Essa função ainda tem espaço no Brasil", explicou. Para Muricy, o cargo que pensa em assumir é uma função incipiente no País e, por isso, ajuda a explicar a crise atual no futebol.

Ele só vai precisar conversar com a mulher e os filhos antes de voltar a atuar. Todos temem que o estresse da profissão o atrapalhe novamente e preferem que Muricy descanse após ter interrompido os dois últimos trabalhos como treinador (o primeiro no São Paulo, em 2015) para cuidar da saúde. "Eles não querem que eu volte mais", contou.

Somente uma das tentações de pertencer ao ambiente do futebol é capaz de fazê-lo ceder. "Tenho saudade principalmente de jogar. Mas o corpo não responde, aí me machuco. Coisas de velho. Até sou convidado para jogar, mas prefiro ficar só no churrasco", admitiu. Com informações do Estadão Conteúdo.

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