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Quem, tempos atrás, se submeteu à cirurgia com bisturi de diamante para correção da miopia ou astigmatismo e que ainda hoje, por consequência, apresenta deformidades na córnea que comprometem a visão, pode consertar o estrago que a antiga técnica eventualmente causava, aliando tratamento a laser à tecnologia Topolyzer (Topografia Guiada).
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“Na cirurgia feita com bisturi de diamante, as incisões eram feitas sobre a córnea no mesmo sentido que se fatia um bolo, provocando cicatrizes na córnea e, assim, causando algumas deformidades prejudiciais à nitidez”, diz Luiz Geraldo Simões de Assis, diretor clínico do Instituto de Oftalmologia de Curitiba (IOC). “As cicatrizes criadas pelo bisturi avançam sobre a área da pupila, fazendo com que as luzes se espalhem quando passam por ali, fato agravado pela natural dilatação das pupilas nos ambientes menos iluminados", completa.
Hoje, ele explica, o Topolyzer é um aparelho de alta definição que capta imagens detalhadas da córnea, reproduzidas pelo reflexo de 22 mil pontos de toda sua superfície. Esse mapeamento em detalhes possibilita identificar com exatidão todas as imperfeições e irregularidades na superfície da membrana. “São justamente essas informações registradas pelo Topolyzer que vão guiar o uso do laser, como se fosse um GPS indicando o melhor caminho a ser seguido, e qual deve ser a intensidade aplicada em cada região”, conta Assis.
De acordo com o médico, este moderno tratamento, além da correção do grau, melhora muito a qualidade da visão noturna, acabando também com as frequentes variações de nitidez que ocorrem do decorrer do dia de quem fez esta antiga técnica. “Existe uma grande melhora, imediata. E que vai progredindo nas primeiras semanas”, conclui o diretor clínico do IOC.