Para deputados, decisão do STF torna quase certa cassação de Cunha

Agora, deputados afirmam que nem a renúncia ao cargo de presidente da Câmara deve ser considerada uma cartada capaz de livrá-lo da cassação

© Agência Brasil

Política Réu 23/06/16 POR Folhapress

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de transformar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em réu pela segunda vez na Lava Jato agravou a já deteriorada situação política do peemedebista. Agora, deputados afirmam que nem a renúncia ao cargo de presidente da Câmara deve ser considerada uma cartada capaz de livrá-lo da cassação.

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A avaliação de parlamentares ouvidos pela reportagem é que o desgaste da imagem de Cunha chegou ao auge e não há margem de manobra capaz de fazê-lo obter uma vitória na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), colegiado ao qual ele apresentará recurso contra decisão do Conselho de Ética de recomendar sua cassação.

Integrantes da CCJ fizeram reuniões informais nos últimos dois dias para poder sondar a posição dos pares sobre Eduardo Cunha. Chegaram ao veredito que, se o peemedebista empenhar todos os esforços, não conseguirá mais do que 20 votos na comissão.

Para aprovar o recurso que apresentará, Cunha precisaria de mais da metade da comissão, formada por 66 deputados. No Conselho de Ética, onde havia grande expectativa de vitória do peemedebista, ele foi derrotado por 11 votos a 9.

ABALO EMOCIONAL

Deputados admitem, no entanto, que há um clima de preocupação na Casa com a situação emocional do peemedebista. Cunha está afastado do mandato e do comando da Câmara desde maio, mas o principal fator de desestabilização seria, na opinião de aliados, a ofensiva da Lava Jato sobre a mulher, Cláudia Cruz, e a filha dele.

Isso porque também nesta quarta (22) o Supremo rejeitou recurso apresentado pela defesa de Cláudia Cruz para que elas sejam investigadas na Corte, ao lado dele.

Com a derrota, o STF, ambas estão sob a jurisdição do juiz Sergio Moro, que coordena as investigações da Lava Jato no primeiro grau.

Parlamentares acreditam que a pressão sobre a família, aliadas às derrotas políticas e ao sentimento de isolamento criam um ambiente suficientemente tenso para o peemedebista. Nesse sentido, aumentaram nas últimas semanas as especulações sobre as chances de Cunha se tornar um delator na Lava Jato. Com informações da Folhapress.

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