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Engravidar com a ajuda de um tratamento de reprodução humana assistida nem sempre é um sucesso na primeira tentativa. As chances de engravidar com uma Fertilização in Vitro (FIV) comum estão em torno de 40% por ciclo, uma taxa que os especialistas estão conseguindo elevar a mais de 70% com o apoio de técnicas de genética avançada que personalizam o tratamento de fertilidade.
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“Combinar técnicas de diagnóstico genético beneficia a paciente a ter mais chances de obter a gestação em sua primeira tentativa, porém até o momento a indicação era buscar estas soluções somente após a paciente fracassar em duas ou mais tentativas de Fertilização in Vitro, o que gera um custo emocional e econômico importante”, explica Dra. Marcia Riboldi, especialista em genética da reprodução humana e diretora da Igenomix Brasil.
Os estudos genéticos estão contribuindo para melhorar a eficácia dos tratamentos de reprodução humana porque proporcionam informações que podem prevenir abortos e falhas no desenvolvimento embrionário. “Embriões aparentemente saudáveis, podem ser portadores de alterações que vão inviabilizar seu desenvolvimento após a transferência (momento em que o embrião fertilizado em laboratório e observado por alguns dias é introduzido no útero materno), e isso só é possível identificar através de estudos genéticos”, afirma Dra. Marcia.
Mesmo quando os embriões são analisados geneticamente, ainda há outro fator que pode levar ao fracasso da FIV, que é a receptividade endometrial. “Cerca de 25% das pacientes de reprodução humana, têm a janela de implantação fora do padrão, isso significa que o dia de transferência do embrião ao útero deve ser personalizado, caso contrário, mesmo os melhores embriões, e até mesmo geneticamente normais, não se fixarão no útero materno.
Nova técnica de análise de embriões
Talvez você ainda nem tenha ouvido falar do Screening Genético Pré-implantacional (PGS), mas esta tecnologia evoluiu muito desde seu descobrimento em 1991, passando por diferentes técnicas. A nova técnica de PGS disponível no Brasil chama-se NGS, que além de detectar anomalias cromossômicas, permite identificar mais informação e combinar outros testes, com uma redução de custo e aumento de eficácia, que podem elevar as chances de gravidez e nascimento de bebê livre de doenças genéticas.