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Uma equipe internacional de astrofísicos, liderada pelo português David Sobral, descobriu uma nova galáxia da família da CR7, a galáxia mais brilhante do Universo primitivo, que pode ter tido um papel importante na origem da vida.
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Os resultados da descoberta foram divulgados nesta segunda-feira (27) num encontro sobre astronomia, na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, onde mais de 550 cientistas apresentam, até sexta-feira (1º), as suas mais recentes investigações.
A CR7, cujo anúncio da descoberta foi feito há um ano por uma equipe liderada também por David Sobral, é três vezes mais brilhante do que uma outra galáxia dos primeiros tempos do Universo, a Himiko, à qual pertencia o recorde de luminosidade.
Podendo albergar a primeira geração de estrelas, a CR7 corresponde à sigla da 'estrela' de futebol portuguesa Cristiano Ronaldo, mas, tecnicamente, é a abreviatura de Cosmos, zona do céu onde a galáxia foi detectada, Redshift, desvio para o vermelho em inglês, de 7.
Quanto maior o desvio para o vermelho (no espetro da luz) de uma galáxia, mais distante ela está. Neste caso, desvio para o vermelho de 7 significa que a CR7 está a 12,9 mil milhões de anos-luz da Terra. O mesmo se passa com a VR7.
"A CR7 não é única. Pelos nossos cálculos, pode haver dezenas de milhares de galáxias como esta [e como a VR7] no Universo", sustentou David Sobral.
Recentemente, um grupo de cientistas do Havai, dos Estados Unidos, encontrou outra galáxia da mesma família, a COLA-1.
Para a descoberta da VR7, a equipe de Sobral se socorreu dos telescópios óticos Subaru e Keck, no Havai, e VLT, no Chile.