© REUTERS/Paulo Whitaker
São cinco pódios olímpicos, dois deles com medalhas de ouro, 20 anos de Jogos Olímpicos e experiência de sobra na vela, seja na classe Laser, seja na Star. É apostando em seu histórico que Robert Scheidt espera surpreender os favoritos na classe Laser no Rio-2016, em agosto.
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Aos 43 anos, Scheidt não tem mais o ritmo exibido em Atlanta-1996, quando, aos 23, foi campeão olímpico. Mas não falta experiência para driblar os rivais nas provas que serão disputadas na Baía de Guanabara.
"Chego a essa Olimpíada sabendo que o jogo vai ser duríssimo, que eu não vou ter a vantagem competitiva que eu tinha em 1996, 2000 e 2004, onde eram dois ou três atletas muito superiores aos demais. Hoje a gente tem 10 a 12 atletas que têm um nível muito parecido. Sei que vai ser tudo na execução, vai ser tudo naquela semana, mas eu acredito na minha chance e é por isso que estou aí tentando melhorar a cada dia", projeta o velejador.
Scheidt admite que, pela primeira vez, não chega a uma Olimpíada na condição de favorito. Não por acaso. Nos últimos anos ele pôde atestar o crescimento dos rivais e a força da nova geração. Nada disso, porém, abala a confiança do velejador, acostumado a frequentar o pódio olímpico.
"Por eu ter passado por vários momentos, ter ganhado Jogos Olímpicos, ter perdido, ter ficado em todas as posições do pódio, eu tenho a segurança do que eu posso fazer. Já fiz e dá para repetir e isso é uma segurança a mais. Quem nunca fez ainda tem aquela dúvida se realmente dá para chegar ou se Olimpíada é um sonho impossível. Sei que não é", afirma.
Para encarar os rivais na Baía de Guanabara, o brasileiro prega paciência. "Não dá chegar com muita sede ao pote, querer definir a Olimpíada no primeiro dia. Você precisa ir construindo a Olimpíada. Primeira regata, tirou um sétimo? Está ótimo. Segundo dia, tirou um oitavo? Ótimo. Vai construindo a tua média e, se ficar entre os dez em todas as regatas, no final você vai estar disputando a medalha."