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Conhecido do grande público somente a partir dos últimos três anos, principalmente de 2014 para cá, Eduardo Cunha atua intensamente na vida política brasileira desde a época de Fernando Collor de Mello, no final dos anos 1980.
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Diante da renúncia do até então presidente afastado da Câmara dos Deputados, a BBC Brasil listou cinco etapas da trajetória do político, do período de "glória" até a queda ocorrida nesta tarde.
1- Ascensão
Cunha assumiu a liderança do PMDB em fevereiro de 2013 e, desde então, tornou-se um notório opositor da presidente Dilma. No mesmo ano, ele acusou a presidente de descumprir acordos relativos à MP dos Portos e liderou uma rebelião contra ela, tendo ao seu lado deputados também descontentes com a petista. No ano seguinte, passou a defender a ruptura de seu partido com o PT e, por conta disso, ganhou amplo espaço na mídia nacional.
2- Poder
Eleito presidente da Câmara em fevereiro de 2015, após disputa com o petista Arlindo Chinaglia, Cunha implementou uma série de derrotas ao governo, fazendo uso de seu vasto conhecimento dos trâmites do Legislativo. Ele então rompeu com o PT e teve papel decisivo no afastamento de Dilma ao aceitar o pedido de impeachment contra a líder petista.
3- Declínio
A queda do então presidente da Câmara começou quando delatores da Lava Jato passaram a citá-lo em diversos depoimentos. A situação azedou ainda mais quando o Ministério Público da Suíça informou ao MP brasileiro sobre uma grande quantidade de dinheiro atribuído a Cunha, depositados no país europeu. À CPI da Petrobrás, ele negou que tivesse contas na Suíça e foi acusado de quebra de decoro por supostamente mentir em depoimento.
4- Resistência
Os conhecimentos dos trâmites legislativos, aliados ao que foi chamado de "tropa de choque de Cunha", um grupo de parlamentares aliados ao ex-presidente da Câmara, colaboraram para uma grande demora no desenrolar de seu processo no Conselho de Ética.
5- Queda
Afastado do comando da Câmara logo após o impeachment e por uma decisão do STF, Cunha viu sua vida virar de ponta cabeça também por ver sua família sendo investigada pelo juiz Sérgio Moro. Nesta quinta, ele renunciou e, agora, passa a viver com a possibilidade de ser cassado, em processo que pode ser decidido nas próximas semanas.