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Foram 30 anos sempre à volta do mesmo assunto, 30 anos para comprovar aquilo que a ciência há muito suspeitava: o risco do consumo de gordura saturada. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard conseguiu traçar a linha que une o consumo deste tipo de gordura com o risco de morte prematura.
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A conclusão desta longa investigação foi publicada no site JAMA Internal Medicine e indica, ainda, quais são os alimentos que devem ser evitados (ou consimidos moderadamente): queijo, manteiga, banha de porco e carne vermelha.
Mas nem tudo são más notícias. Embora os pesquisadores tenham encontrado uma ligação direta entre o consumo de gordura saturada e trans com uma taxa de mortalidade maior, concluíram que existem alimentos igualmente ‘gordurosos’, só que apresentam um efeito totalmente oposto. Falamos das gorduras insaturadas e poli-insaturadas encontradas em óleos vegetais, peixes, nozes e sementes - alimentos associados a um menor risco de morte por causa cardíaca, respiratório ou cancerígena. A redução é entre 11% a 19%.
O estudo teve por base a análise de mais de 120 mil pessoas e usou o consumo de carboidratos como comparação, tendo sido concluído que as pessoas que consumiam mais este macronutriente face à gordura saturada corriam um risco menor de morte prematura.
A investigação de Harvard, que pode consultar aqui, indica que cada aumento de 2% do consumo de gorduras trans eleva o risco de morte precoce em 16%. No caso das gorduras saturadas, por cada 5% de aumento no consumo, mais 8% de probabilidade de morrer.