Atirador de Dallas foi morto por "robô bomba"

Máquina era comandada à distância e armada com explosivos

© Carlo Allegri/Reuters

Tech VIOLÊNCIA 08/07/16 POR Folhapress

Micah Xavier Johnson, identificado como o franco-atirador que matou cinco policiais e feriu outros sete em Dallas, Texas, na quinta (7), era um veterano do Exército americano, que serviu no Afeganistão.

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Segundo o chefe da Polícia de Dallas, David Brown, o jovem disse que queria "matar brancos, sobretudo agentes brancos" antes de ser morto.Ele afirmou estar "aborrecido", segundo Brown, com a morte de dois negros, em Louisiana e Minnesota, abatidos por policiais brancos nesta semana.

Por Alton Sterling, 37, e Philando Castile, 32, que viraram novos símbolos da violência policial contra a comunidade afroamericana, milhares marcharam pacificamente em várias cidades dos EUA.

Por volta das 20h45 locais (22h45 em Brasília), Johnson abriu fogo contra um grupamento de cem homens que escoltava um desses atos, com cerca de 800 manifestantes, a poucas quadras da praça onde John F. Kennedy foi assassinado, em 1963.

Quase três horas depois da primeira rajada de tiros, negociadores começaram a tentar convencê-lo a se entregar, no segundo andar de um edifício-garagem."O atirador respondeu que o fim estava próximo e que ele machucaria e mataria mais de nós, e que havia bombas espalhadas pelo centro da cidade [local do atentado]", afirmou Brown.

Johnson foi morto por um "robô-bomba", comandado à distância e armado com explosivos, segundo o chefe de polícia.

Outros três suspeitos estão sob custódia -dois foram detidos a bordo de uma Mercedes preta, perseguida em alta velocidade por viaturas.A relação do trio com o ataque mais mortal a forças policiais americanas desde os atentados de 11 de setembro de 2001 ainda não foi esclarecida. Acredita-se que Johnson foi o único a apertar o gatilho.

"Não podemos entrar na cabeça de uma pessoa que faria algo assim", disse o chefe de polícia Brown, que também é negro.

"Negociamos com esta pessoa, que parecia lúcida. Ele expressou a vontade de matar brancos, sobretudo policiais brancos, e expressou raiva contra o Black Lives Matter [movimento que luta pelos direitos dos negros]. Nada disso faz sentido."

SOLDADO

Das poucas informações colhidas até aqui sobre Micah Xavier Johnson, há duas fotos dele postadas em redes sociais: uma com farda militar e outra de punho erguido e bata típica de vestes africanas.

Ele morava com a mãe numa casa que aparenta ser de classe média, em Mesquite, cidada texana com 144 mil habitantes e população mais diversificada do que a média nacional: 36% brancos, 34% hispânicos e 26% negros.

Sua passagem pelo Exército, no batalhão de reserva, durou de 2009 a 2015, confirmaram autoridades ao "Wall Street Journal".

Por nove meses entre 2013 e 2014, ele serviu no Afeganistão. Era filiado à brigada 420, baseada no Texas, e especializou-se em carpintaria e alvenaria.Soldados nesse posto passam por dez semanas de treinamento básico, nas quais aprendem a usar armas. Johnson acumula condecorações militares e não tinha antecedentes criminais nem conexões com terrorismo.

Sua página no Facebook foi retirada do ar após a chacina. Sua mãe, segundo a mídia local, chama-se Delphene Johnson.

Em seu perfil no Facebook, ela postou em 2010 uma foto de um garotinho sorridente, com camisa de beisebol verde e branca. "Meu primogênito Micah, 2", diz a legenda.

No mesmo ano, Delphene publicou um retrato do filho já adolescente, agachado diante de um carro velho. Na caixa de comentários, amigos disseram estar rezando por sua família.

A polícia americana matou 509 pessoas em 2016, segundo banco de dados do "Wasghinton Post". Do total, 123 (24%) eram afroamericanos —que representam 13% da população do país.

Das 45 mortas no Texas, dez delas eram negras. Johnson ainda não entrou na estatística. Com informações da Folhapress.

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