Executivos da Andrade reafirmam que PT pediu 1% de todos os contratos

Os depoentes ainda afirmam que nem todas as solicitações foram cumpridas

© Reuters

Política delação 25/07/16 POR Notícias Ao Minuto

Três depoimentos de executivos da Andrade Gutierrez foram ouvidos nesta segunda-feira (25) pelo juiz Sérgio Moro. Eles reforçaram as acusações de que em 2008 o Partido dos Trabalhadores (PT) pediu propina de 1% dos contratos que a empreiteira tinha com o governo federal, além dos da Petrobras. 

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Os depoentes fizeram a ligação dos pagamentos a projetos da Eletronuclear e a um empréstimo do BNDES para uma construção na Venezuela. De acordo com O Globo, um dos executivos afirmou que nem todos os valores foram pagos e que parte deles era repassada na forma de doação oficial para campanhas petistas. 

Foi a primeira vez que os empresários prestaram depoimento após fecharem um acordo de delação premiada com a Justiça Federal. No depoimento anterior, eles haviam mantido o silêncio. 

Ex-diretor de relações institucionais da empreiteiro, Flávio Gomes Machado Filho revelou que, em uma reunião realizada na sede da Andrade em São Paulo em 2008, o então presidente do PT, Ricardo Berzoini, pediu que a empresa pagasse à legenda 1% de todos os contratos que tinha com o governo federal. O pedido envolvia, inclusive, obras já realizadas. Além de Machado e Berzoini, estavam na reunião o então tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, João Vaccari Neto e o presidente da companhia, Otávio Azevedo. 

Segundo Machado, os executivos achavam que não deveriam fazer o pagamento “porque não tinha nenhuma ajuda especial” do partido. Questionado por Moro se a empresa foi ameaçada caso não pagasse, o ex-diretor respondeu que “deu para perceber que poderia haver algum tipo de situação desconfortável” para a empresa. 

Mesmo assim, ainda conforme depoimento de Machado, “muito do que foi solicitado não foi efetivamente cumprido”. Na versão dele, na reunião de 2008, também não ficou claro como deveriam ser feitos os pagamentos ao PT. 

Em depoimento de outro executivo, o ex-diretor da Andrade Gutierrez, Elton Negrão, revelou que, entre 2009 e 2010, seus funcionários da área comercial foram pressionados para pagar propina. Ele relatou o problema ao então presidente da companhia, Rogério de Sá, que comunicou um acerto com o PT: 

"O Rogério me falou que, em uma conversa do PT com o Otávio (Azevedo) acertou percentual (de propina) e que a empresa ia cumprir. Ele disse ainda que tinham decidido aumentar as contribuições oficiais para diminuir a pressão por pagamentos". 

O ex-executivo Pedro Campelo também confirmou a existência do cartel para as obras da Petrobras desde 2000, que, segundo ele, o processo foi intensificado entre 2003 e 2004.  

Indicou que, apesar de pressionado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco para acertar dívidas de propina, às vezes, segundo ele, não cumpria. "Eu, da minha parte, fazia ouvido de mercador".

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