Erundina promete refazer licitação de ônibus criada por Haddad

Segundo pesquisa da Datafolha, candidata do PSOL tem 10% das intenções de voto

© Antônio Augusto

Política São Paulo 27/07/16 POR Folhapress

A candidata à Prefeitura de São Paulo Luiza Erundina (PSOL) disse que, se for eleita, vai rever o modelo de concessão do serviço de ônibus elaborado pela gestão do prefeito Fernando Haddad para os próximos 20 anos.

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Em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo, UOL e SBT, Erundina afirmou que a licitação, como foi pensada, faz com que as empresas privadas que forem contratadas fiquem responsáveis pela fiscalização delas mesmas e engessa a administração da cidade.

"Essa licitação não pode perseverar porque destoa de tudo o que o mundo aprendeu sobre como se estabelecer um serviço de transporte. Não faz sentido, não é moderno congelar todo o contrato por 20 anos. Na Inglaterra, por exemplo, cada licitação é relativa a 20% do serviço", afirmou.

Em sabatina nesta terça (26), Haddad afirmou que, por conta da proximidade das eleições, não assinará a licitação, no valor de R$ 140 bilhões - a tarefa que caberá ao próximo prefeito.

De acordo com a último levantamento do Datafolha, Erundina tem 10% das intenções de votos dos paulistanos, atrás de Celso Russomano (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) e na frente de Haddad e de João Doria (PSDB).

A ex-prefeita (1989 -1993) também criticou o que chamou de "sanha privatista" de outros candidatos, como Doria, que afirmou que iria privatizar os corredores de ônibus de São Paulo.

Ela afirmou que as propostas de concessão do Anhembi, cogitada por Haddad, e do autódromo de Interlagos, "ameaçam conquistas da sociedade". Segundo Erundina, há maneiras melhores de gerar renda para a administração municipal, como fazer uma auditoria da dívida da cidade e cobrar impostos atrasados.

"A verdade é que não há coragem de cobrar os grandes devedores", afirmou a candidata, que também prometeu implementar o IPTU progressivo nas propriedades. A candidata disse que buscará conversar com o empresariado para melhorar a cidade, que não está boa "nem para o 1% [mais rico]."

MARTA, HADDAD E PT

Erundina disse que, se eleita, irá manter programas de governos anteriores que são aprovados pela população. Provocada a dar exemplos de bons projetos das gestões de Marta Suplicy e Fernando Haddad, ela citou os CEUs -"uma proposta interessante, mas que tem um padrão que não é seguido pelo resto da rede municipal"-e as ciclovias -"que precisam ser ampliadas e melhor planejadas".

Ela se negou a dizer se apoiaria o petista em um eventual segundo turno para "unir a esquerda". "Que esquerda? O PT fez tantas concessões que não pode dizer que é de esquerda, se é que já foi um dia", declarou, fazendo a ressalva de que o partido tem "pessoas de esquerda".

JOVENS

A candidata admitiu que um dos problemas de sua campanha é se tornar mais conhecida entre o público jovem -pesquisa Datafolha mostrou que a psolista vai melhor entre os eleitores com mais de 60 anos.

"Eu estive no governo há 27 anos, os jovens não têm essa memória. Mas temos conseguido trazê-los para a campanha nas rodas de conversa que promovemos. Mas nossas propostas já dialogam com esse público. O Movimento Passe Livre [que liderou os protestos de junho de 2013], por exemplo, surgiu de uma proposta de quando eu era prefeita", afirmou.

RAIZ x PSOL

Erundina se desfiliou do PSB para entrar no PSOL no começo deste ano, mas também articula a criação de um novo partido, o Raiz. Questionada, ela negou que esteja usando o PSOL como "trampolim" para se eleger enquanto não consegue as assinaturas para fundar sua própria sigla.

"Eu não fui para o PSOL para ser candidata, foi por afinidade ideológica -me identifico com a atuação de sua bancada, pequena, mas aguerrida. [A candidatura à Prefeitura] Aconteceu porque houve uma pressão dos movimentos sociais e do próprio partido nesse sentido", disse.

A ex-petista admitiu que há um número exagerado de partidos no país, mas disse que o maior problema é a proliferação daqueles "que não representam nada" e se disse contrária à adoção de regras para limitar o número de siglas. " Sou contra cláusula de barreira, quem faz a barreira é o eleitor". Com informações da Folhapress.

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