Hoje é o Dia Mundial da Hepatite; saiba mais sobre esta doença

As hepatites causadas por vírus são a 7ª causa de morte no mundo, sendo as hepatites B e C responsáveis por 95% das mortes

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Lifestyle PREVENÇÃO 28/07/16 POR Notícias Ao Minuto

Neste 28 de julho, Dia Mundial da Hepatite, a atenção dos governos é desproporcional ao tamanho do problema. Desde 2013 o número de mortes causadas pela hepatite viral é superior a soma total de mortes causadas por outras três epidemias, aids, tuberculose e malária, mas a atenção dos governos e da mídia ainda não despertou para dar as hepatites virais a necessária visibilidade. As hepatites causadas por vírus são a 7ª causa de morte no mundo, sendo as hepatites B e C responsáveis por 95% das mortes. A maioria da mortalidade é atribuível ao câncer de fígado e cirrose.

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Existe vacina efetiva para prevenir a hepatite B e medicamentos que curam a hepatite C, no entanto, em contraste com a aids, a tuberculose e a malária, mecanismos para financiar intervenções em países pobres são praticamente inexistentes, exceto para os indivíduos que também estão infectados com o HIV. O aumento do financiamento internacional é necessário para enfrentar a carga das hepatites que possam permitir respostas eficazes nos países de baixa renda.

O peso das hepatites B e C, as mais mortais, varia nas regiões geográficas. A mortalidade causada pela hepatite C é maior na Europa, Oriente Médio, Américas e África do Norte, enquanto que na África Subsaariana e grande parte da Ásia as mortes são consequência da prevalência da hepatite B.

"Os medicamentos para cura da hepatite C são caros, mas o preço para tratar os infectados é inferior as despesas que ocasionará não tratar a doença e ter que cuidar num futuro próximo as suas complicações, como a cirrose, o câncer de fígado e a necessidade de transplantes de fígado. Um terço dos infectados, se não tratados, morrem em média aos 56 anos, o que representa uma perda de 17 anos de vida produtiva", aponta Carlos Varaldo, fundador e presidente da ONG Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite.

O caso do Brasil

O Brasil nos últimos anos passou a dar maior atenção as hepatites virais. O Ministério da Saúde por meio do Departamento DST/AIDS/Hepatites Virais possui um plano estruturado e com políticas definidas, mais ainda incipiente quanto a recursos.

É estimado que existam 2,3 milhões de brasileiros infectados com hepatite C e aproximadamente 1 milhão com hepatite B. Encontrar esses infectados rapidamente é o grande desafio. Aproximadamente 80% dos infectados não tem conhecimento da sua infecção. Uma vez diagnosticados o tratamento passa a ser o seguinte passo, ainda mais desafiador.

O tratamento da hepatite B, doença transmitida principalmente pelo sexo ainda não tem cura. Possui efetivo controle com um tratamento simples de um comprimido ao dia, e a forma comprovadamente efetiva para evitar novos infectados é vacinar toda a população.

Na hepatite C a transmissão sexual é muito rara de acontecer, não tem vacina, mas tem um tratamento que em somente 12 semanas consegue curar 95% dos infectados. O problema é o preço do medicamento. Nos países ricos cada tratamento custa entre 84 e 150 mil dólares. O Ministério da Saúde compra de forma centralizada conseguindo negociar descontos que no ano passado alcançavam 90% e na compra que deverá ser anunciada nos próximos dias o desconto é superior a mais de 95% do preço original, o menor preço entre os países em desenvolvimento, um exemplo de negociação colocado como modelo pela Organização Mundial da Saúde.

"Em 2015 o Brasil ofereceu 15.000 tratamentos na hepatite C, este ano é estimado que chegaremos a tratar 30.000 infectados e em 2017 a promessa é alcançar 45.000 tratamentos. Isso se o Ministério da Saúde cumprir o prometido e realizar a compra ainda neste mês, o que será uma boa notícia, mas ante mais de 2 milhões de infectados será necessário chegarmos a tratar mais de 100.000 infectados por ano para realmente podermos afirmar que estamos enfrentando efetivamente a epidemia e assim poder cumprir a meta 90/90/90 da Organização Mundial da Saúde quando em 2030, 90% dos infectados deverão estar diagnosticados, desses 90% em tratamento e 90% curados", afirma o especialista.

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