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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou críticas do Ocidente sobre a forma como a Turquia lidou com a tentativa de golpe, no último dia 15.
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Desde o dia do levante militar contra Erdogan, mais de 18 mil pessoas foram detidas na Turquia -e 9.677 delas formalmente presas, segundo disse Efkan Ala, ministro do Interior, à uma TV estatal nesta sexta (29).
Outras milhares foram demitidas, entre jornalistas, professores, militares e outros funcionários públicos. O expurgo tem como alvo apoiadores do clérigo Fethullah Gülen, em autoexílio nos EUA, quem Ancara responsabiliza pela tentativa de golpe.
Nesta quinta (28), James Clapper, diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, disse que o expurgo afetaria negativamente a guerra contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, pelo afastamento de autoridades que trabalhavam com os americanos no tema.
Na mesma linha, o general Joseph Votel, chefe do comando central americano, afirmou que parte dos militares com quem os EUA dialogam está na prisão.
"Em vez de agradecer este país, que repeliu um golpe, você defende o lado dos golpistas. O golpista já está em seu país", disse Erdogan, em resposta à fala de Votel e referindo-se a Gülen (que nega envolvimento no caso).
"Eles [os críticos] dizem... 'nos preocupamos com o futuro [dos turcos]'. Mas com o que esses senhores se preocupam? Se o número de detidos e presos vai aumentar? Se eles forem culpados, vai aumentar", disse o presidente turco. Com informações da Folhapress.