Moro defende o fim do foro privilegiado e uso de provas ilícitas

"O foro privilegiado fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais. Acho que não existe muita razão sobre foro privilegiado", defendeu o juiz na comissão

© Reuters

Política Audiência 04/08/16 POR Notícias Ao Minuto

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo andamento dos processos da Lava Jato, defendeu nesta quarta-feira (4) o fim do foro privilegiado, que garante a autoridades públicas julgamento pelo Supremo.

PUB

De acordo com o magistrado, esse princípio "fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais".

Segundo informações do G1, Moro esteve no Congresso para participar de uma audiência na comissão especial da Câmara criada para debater as 10 medidas de combate à corrupção apoiadas pelo Ministério Público.

"O foro privilegiado fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais. Acho que não existe muita razão sobre foro privilegiado", defendeu o juiz na comissão.

Entre uma das críticas, Moro destacou a sobrecarga de trabalho nos tribunais superiores, o que prejudica a tramitação dos processos envolvendo autoridades com foro.

"Temos hoje o Supremo que está assoberbado de processos complexos", enfatizou Moro nesta quinta-feira na Câmara.

Sérgio Moro também falou sobre a flexibilização da legislação em relação às provas obtidas de forma considerada ilícita.

"O que fez o Ministério Público, baseado na jurisprudência norte-americana, foi estabelecer algumas exceções a mais do que as já previstas na nossa lei. Porque hoje as provas consideradass ilícitas são excluídas. Colocaram novas exceções, uma delas é a da boa-fé, que vem da jurisprudência americana, por exemplo, quando o policial não quis cometer um ilícito ao coletar aquela prova, mas se equivocou de boa-fé", disse o magistrado.

Em março, o magistrado foi criticado ao divulgar escutas feita pela Polícia Federal (PF) de uma conversa entre a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa dos petistas alegou que a divulgação do áudio envolvia autoridade com foro privilegiado e também foi feito depois que o próprio Moro havia determinado a suspensão das escutas nos telefones do ex-presidente da República.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 5 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

justica Pridão Há 6 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo

mundo Coreia do Norte Há 7 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

brasil Vírus Há 5 Horas

Cientistas confirmam circulação de vírus mayaro em humanos em Roraima; entenda riscos

justica São Paulo Há 7 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 6 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

justica Caraguatatuba agora mesmo

Adolescente de 16 anos desaparecida é achada morta; suspeito foi preso

mundo EUA agora mesmo

Motorista perde controle de caminhão e fica pendurada em ponte; veja

fama Sean Diddy Combs Há 7 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

brasil sul do brasil Há 7 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta