© Reuters - Stephane Mahe
O barreirista cubano Orlando Ortega conseguiu realizar o sonho de vir aos Jogos Olímpicos em buscar de uma medalha. Ele conseguiu, mas não por Cuba. O atleta desertou da ilha há três anos, após ter problemas com a federação de atletismo do seu país, e conseguiu liberação para defender a Espanha na Olimpíada, após um trâmite difícil com a Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) e o COI (Comitê Olímpico Internacional).
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De acordo com o UOL Esporte, Ortega a última vez que Orlando defendeu Cuba foi em 12 de agosto de 2013. "Foi uma decisão bastante complicada, por um problema que tive com a federação de atletismo cubana. Foi um problema em 2012, em razão de algumas competições que eu não queria participar. Por esse motivo tive uma suspensão. E eu me senti muito mal. Não pude estar bem para o Mundial de Moscou. Bom, passou. Não tenho nenhum problema com Cuba. Tenho uma boa relação, tanto com dirigentes, como com os atletas. Aqui estamos, e cada um vai lutar por seu objetivo", contou Ortega, que está com 25 anos.
Hoje ele mora em Madri, mas a saudade da família, que está em Cuba, pulsa com força no peito do atleta dos 110 metros com barreira. Embora o momento profissional seja bom, a vontade de voltar é forte.
"Ainda tenho família que vive em Cuba, irmãos, tios, avós. Graças a Deus, pelas facilidades que temos no mundo, como a internet, podemos nos comunicar. Estou mais tranquilo, tenho a confiança e apoio deles. Lamentavelmente não pude voltar ao país. Me encantaria poder voltar à Cuba, visitar a minha família, visitar essa terra charmosa. Espero que isso aconteça algum dia. Estou tranquilo. Espero que um dia possa regressar à terra onde cresci", comentou.
Ortega vai competir na Rio-2016 na segunda-feira (15).