'Super-pai' dorme com filho na UTI há três anos em SP

O pequeno Caíque tem uma doença degenerativa e não pode deixar o hospital

© Divulgação/Maitê Morelatto

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Brasil dia dos pais 14/08/16 POR Notícias Ao Minuto


O história de um pai da cidade de Mongaguá, no litoral de São Paulo, comove há três anos funcionários de um hospital da cidade. Todos os dias, Genival Francisco de Almeida, de 34 anos, dorme com o filho internado em unidade de terapia intensiva (UTI). O pequeno Caique, de 3 anos, tem uma doença degenerativa. Apelidado de "super-pai", o sonho de Genival é levar o menino para casa.

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"Ele foi crescendo e, aos cinco meses de idade, foi ficando molinho. A médica olhou, mexeu nele e disse que precisaria ficar uma semana para fazer exames. Ele tinha um ano e pouco. Voltamos para casa para aguardar o resultado dos exames. Mas ele começou a ter falta de ar e suspeita de h1n1. Daí foi internado na UTI pediátrica em 11 de outubro de 2014, no Hospital Irmã Dulce, e está lá até hoje", conta o pai ao G1.

Caique é o segundo filho de Genival e da esposa, Cristiana. Ele nasceu em junho de 2013, de parto normal. O menino começou a apresentar uma série de sintomas quando tinha cerca de um ano e meio. Após exames, foi comprovado que ele tem atrofia muscular espinhal. Hoje, o menino respira com ajuda de aparelhos e se alimenta por meio de sonda.

A rotina de Genival mudou desde então. "Eu levanto as 6h30 no hospital em Praia Grande. Pego um ônibus e vou para o trabalho em Mongaguá. É cerca de uma hora de viagem. Na hora do almoço, vou para casa, vejo minha esposa e meu outro filho e volto para o serviço. Depois, pego o ônibus de volta para o hospital em Praia Grande. Eu coloco a poltrona do lado dele e fico brincando com ele até que eu acabo dormindo", diz.

A dedicação rendeu até homenagem dos funcionários do hospital. No Dia dos Pais do ano passado, ele ganhou camiseta de "super-pai". No centro médico, Genival também tenta ajudar outras famílias que estão na mesma situação.

"Para mim é normal, muita gente pergunta. A gente aprende, se adapta com as coisas ou, então, entra em parafuso. Tem horas que bate o desespero, mas levanto a cabeça, graças a Deus. Não me sinto especial. Eu conheço mães com a mesma dificuldade. Espero que ele (Caique) continue bem, que não piore e que ano que vem eu traga ele para casa. A patologia dele precisa de alguém cuidando dele. A minha vida vai ser ele. O que desejo é um dia chegar do meu trabalho e ver meus dois filhos na minha casa, um do lado do outro", disse.

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