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A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante, chamou de "retrocesso" a promessa feita pelo correligionário João Doria, candidato a prefeito de São Paulo, de extinguir pastas como a da Pessoa com Deficiência.
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"De nenhum ângulo que eu olhe, eu consigo ver alguma vantagem nisso", afirmou a deputada, que é tetraplégica. "Só vejo retrocesso, porque é uma secretaria que faz muito com muito pouco dinheiro."
Gabrilli relatou ter conversado com Doria na noite desta quinta-feira (18), horas depois de ele ter feito a declaração.
"Primeiro, ele tentou me convencer que coordenadoria é tão bom quanto secretaria. Não adianta, não vai conseguir. O que faz diferença é ter a autoridade de secretário", disse.
"No final, ele me disse que vai pensar porque não tem compromisso com o erro e que tem humildade. Vamos ver."
Doria disse, na manhã desta quinta-feira (18), que a extinção de pastas não afetaria políticas públicas voltadas ao segmento.
"As políticas públicas serão mantidas integralmente, mas não os penduricalhos", afirmou em referência a estruturas como a de motorista e secretária. "Tudo isso é custo. Para quê? Gerar status? Prefiro gerar política pública", afirmou o candidato.Gabrilli afirmou que, se ele mantiver a proposta, ela "torcerá para que ele não seja eleito".
A deputada é aliada do vereador Andrea Matarazzo, que deixou o PSDB com críticas a Doria e se filiou ao PSD. Ele é candidato a vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB).
"O PSDB criou a primeira Secretaria municipal da Pessoa com Deficiência. Depois a primeira Secretaria estadual [ambos em São Paulo]. E eu sou relatora da Lei Brasileira de Inclusão. É uma marca do PSDB. Como ele vai lá e tira?", questionou Gabrilli. Com informações da Folhapress.