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A Associação dos Magistrados Brasileiroa (AMB) acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes de criar obstáculos à Operação Lava Jato. O presidente da entidade, João Ricardo Costa, afirma que o método do ministro é combinar ataques à magistratura brasileira e à força-tarefa da operação.
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Na última terça-feira (23), Mendes criticou os procuradores da Lava Jato dizendo que eles precisam "calçar as sandálias da humildade" e que "se acham o ó do borogodó" por terem atenção da imprensa.
"É lamentável que um ministro do STF, em período de grave crise no país, milite contra as investigações da Operação Lava-Jato, com a intenção de decretar o seu fim, e utilize como pauta a remuneração da magistratura. O ministro defende financiamento empresarial de campanha e busca descredibilizar as propostas anticorrupção que tramitam no Congresso Nacional, ao invés de colaborar para o seu aprimoramento", diz parte da nota da AMB assinada por João Ricardo.
Segundo informações do jornal O Globo, o ministro também afirmou que diversos juízes de instância inferior ganham até R$ 100 mil por mês, ultrapassando o teto constitucional de R$ 33,7 mil. A isso, ele chamou de "pequeno assalto".
"Nós estamos contrários a essa postura dele de obstaculizar a Operação Lava-Jato, de criar factoides contra a magistratura brasileira, como ele fez, usando adjetivos grosseiros, não cabidos a um ministro do Supremo Tribunal Federal", disse Costa ao jornal.