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O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) depôs no Supremo Tribunal Federal na tarde desta quarta-feira (24) como réu numa ação em que é acusado de omitir parte das despesas de sua campanha eleitoral em 2010.
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Segundo informações do G1, o deputado passou cerca de 40 minutos na sala de audiências do Supremo. O depoimento foi prestado a um juiz auxiliar do ministro Luiz Fux, relator do caso. Na saída, ele se absteve de fazer comentários à imprensa. "Não tenho nada a declarar além do que está nos autos", disse.
O deputado é acusado de falsidade ideológica, cujo condenação chega a cinco anos de prisão. De acordo com a Procuradoria Geral da República, a campanha de Maluf gastou R$ 168,6 mil em serviços gráficos com a companhia Eucatex, que pertence à sua família.
As despesas tinham uma anotação "campanha de Dr. Paulo", mas não foram declaradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral. A omissão da informação foi classificada como ato "com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante" pela PGR.
A defesa do deputado alega que a prestação de contas feita perante a Justiça Eleitoral não era um documento público, mas sim privado, o que faria prescrever a acusação. Também afirmou que Maluf não foi quem assinou o documento, mas um tesoureiro do PP.
Por fim, os advogados do deputado disseram que a própria empresa corrigiu posteriormente a informação à Justiça, dizendo que os serviços foram prestados para a Eucatex, não para a campanha de Maluf.