© DR
A rotina diária depende muito do tempo que uma pessoa passa no trajeto de ida e vinda entre a casa e o trabalho. Quanto maior for a distância, maior a probabilidade de ir de carro ou de transportes públicos, ou seja, quanto maior for a distância, maior é o risco para a saúde.
PUB
E a razão é simples: ter um trabalho que fica longe de casa faz com que a pessoa tenha uma rotina mais sedentária, mesmo que precise correr de quando em vez para chegar a tempo de pegar o metrô ou ônibus a tempo.
Como conta a revista Health no seu site, a The Royal Society for Public Health decidiu analisar os hábitos diários de 24 milhões de pessoas da Inglaterra e do País de Gales e concluiu que, em 2013, a grande maioria das pessoas fazia viagens passivas, ou seja, deslocavam-se para o trabalho e para casa sentadas, quer fosse no carro, no ônibus ou no metrô.
Além disso, o estudo concluiu ainda que os percursos mais longos não faziam apenas com que as pessoas tivessem viagens sedentárias, eram também responsáveis por uma maior perda de tempo livre, uma vez que o tempo desperdiçado no transporte é maior.
Uma vez que estas viagens ‘passivas’ se repetem todos os dias e, por vezes, ao longo de anos, os riscos para a saúde são elevados, especialmente quando comparadas às pessoas que se deslocam de carro com aquelas que têm a possibilidade de ir a pé ou de bicicleta para o trabalho e depois para casa.
Caminhar está cientificamente associado a vários benefícios para a saúde, como é o caso da redução do estresse – algo que pode aumentar entre as pessoas que ficam constantemente presas no trânsito ou que têm que fazer mudanças frequentes de transportes ao longo do dia.
O ganho de peso é uma outra consequência associada às viagens longas para o trabalho e para casa, como diz a revista, que explica que isso se deve ao fato de essas pessoas fazerem refeições mais rápidas (e menos saudáveis) para não perderem muito tempo. E ao excesso de peso estão associadas outras condições, como o diabetes e as doenças cardiovasculares (que podem se agravar na carona do estresse).