Dilma Rousseff mantém movimentação por plebiscito

No pronunciamento feito na quarta-feira, 1, depois do julgamento no Senado, Dilma deixou as "Diretas-Já" de fora propositalmente

© Marcelo Camargo / Agência Brasil

Política Ex-presidente 01/09/16 POR Estadao Conteudo

Contrariando a cúpula do PT, a presidente cassada Dilma Rousseff vai manter erguida a bandeira do plebiscito por eleições diretas depois que deixar o Palácio da Alvorada. A movimentação de Dilma pós-impeachment deve acentuar a divisão interna do partido.

PUB

No pronunciamento feito na quarta-feira, 1, depois do julgamento no Senado, Dilma deixou as "Diretas-Já" de fora propositalmente. Mas assim que voltar de um período de descanso, a ex-presidente pretende viajar pelo Brasil e participar de manifestações em defesa do plebiscito.

Na semana passada, a Executiva Nacional do PT ignorou o tema. Antes o presidente do partido, Rui Falcão, se manifestou contra a ideia, abrindo uma crise entre o partido e o Alvorada.

Por outro lado, a esquerda petista, liderada pela Mensagem ao Partido, defende o plebiscito e promete dar palanques para Dilma carregar a bandeira. Alguns dos aliados mais próximos de Dilma, como os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Miguel Rossetto, são da Mensagem.

Redes sociais

A Executiva do PT volta a se reunir nesta sexta-feira, 2 para avaliar o julgamento no Senado. Na quarta-feira, o partido não se manifestou oficialmente sobre o tema mas divulgou em suas redes sociais críticas à decisão dos senadores, trechos do pronunciamento de Dilma e convocações para protestos em todo o Brasil.

Falcão, disse por meio das redes sociais, que o resultado da segunda votação de quarta-feira no Senado, que manteve os direitos políticos da presidente cassada, seriam suficientes para a manutenção do mandato da petista.

"O primeiro voto foi o da vergonha; o segundo, o que restava de consciência: 36 votos e 3 abstenções não cassariam Dilma", disse Falcão no Twitter.

Além de Falcão, outros dirigentes e lideranças do PT se posicionaram por meio das redes sociais. "Dia infeliz da nossa história. 52 anos e dois meses depois, um novo golpe deflagrado no Brasil", disse o deputado federal Paulo Teixeira (SP), vice-presidente da legenda, em alusão ao golpe militar de 1964.

"A aprovação do impeachment é um lamentável desrespeito ao voto popular direto e às regras do jogo democrático. Essa página da história brasileira ficará inconclusa até que se faça justiça à imagem de ‘Dilma coração valente’", disse o ex-ministro Edinho Silva.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não se manifestou, segundo assessores, para não ofuscar o contundente pronunciamento de Dilma.

Um dos trechos do discurso (escrito a oito mãos com assessores) contempla parte da agenda petista. Ao conclamar os "progressistas a continuarem a luta todos juntos, independente de filiação partidária", Dilma antecipa a estratégia da sigla de criar frentes de esquerda. Com informações do Estadão Conteúdo. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 17 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo EUA Há 16 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Herança Há 19 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 19 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Brian McCardie Há 17 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 18 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

fama Bastidores da TV Há 10 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

mundo Londres Há 17 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 19 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

esporte Arábia Saudita Há 18 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens