Uma troca de e-mails entre o ex-presidente do Comitê Olímpico da Irlanda, Patrick Hickey, e o atual presidente do Comitê Olímpica Internacional, o alemão Thomas Bach promete ajudar a esclarecer o caso das vendas ilegais de ingressos nos Jogos Olímpicos do Rio. Desde 2014 até o começo da Rio-2016 são 65 e-mails trocados entre Patrick e Bach.
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Em um dos registros, o dirigente irlandês cobra o presidente do COI mais ingressos, e diz que em Londres, para a cerimônia de abertura dos Jogos de 2012, ele teve acesso a 84 ingressos, enquanto na Rio 2016 ele teria recebido apenas 38, segundo informações do SporTV.
Thomas Bach era aguardado nesta terça (6) no Brasil, para ser ouvido pela Polícia, mas não chegou ao país. O presidente do COI inclusive, não estará presente nesta quarta-feira na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.
Bach deve ser intimado como testemunha logo que chegar ao país.
Patrick Hickey foi afastado do cargo de presidente do Comitê Olímpico da Irlanda desde o início das denúncias de cambismo e compareceu à Cidade da Polícia (Cidpol) para prestar depoimento ao Núcleo de Apoio aos Grandes Eventos. Patrick chegou por volta de 15h25, ao lado de seu advogado, mas não respondeu a nenhuma das 14 perguntas feitas e só deve falar em juízo.
Até o momento são pelo menos nove indiciados em três inquéritos, que convergem num só, encaminhado ao Ministério Público. O irlandês já passou de suspeito para acusado.
Patrick Hickey irá responder por três crimes: facilitação para o cambismo, com pena de dois a quatro anos de prisão, além de uma multa; marketing de emboscada e organização criminosa.
No Brasil, além de Patrick, o empresário Kevin James Mallon, também está impedido de deixar o país. Kevin é acusado de receber ingressos no Comitê Olímpico da Irlanda e revender a preços maiores.
Envolvidos no caso, sete pessoas estão foragidas, já fora do país.
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