Após prisões, prefeita de Ribeirão Preto comenta operação da PF

Por meio de nota, Dárcy disse apenas que segue trabalhando e que deseja o esclarecimento dos fatos

© Divulgação

Política PREFEITURA 10/09/16 POR Folhapress

Oito dias após membros do primeiro escalão de seu governo serem presos, a prefeita de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), Dárcy Vera (PSD) pela primeira vez se manifestou sobre a operação da PF e da Promotoria. Mas não falou das denúncias que envolvem seu nome e da ação que levou 13 pessoas à prisão.

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Por meio de nota, Dárcy disse apenas que segue trabalhando e que deseja o esclarecimento dos fatos. A operação apura fraudes em contratos de licitações da prefeitura que somam R$ 203 milhões.

"Assim como a população, desejo que todos os fatos sejam plenamente esclarecidos. Quero salientar que continuo trabalhando para que todos os serviços da Prefeitura de Ribeirão Preto continuem funcionando normalmente", diz trecho da nota assinada pela prefeita.

Dárcy foi flagrada em grampos que indicam que ela usou a distribuição de cargos, numa triangulação feita com uma empresa suspeita, para comprar apoio político dos vereadores na Câmara. Segundo ela, "em obediência ao rito processual das investigações", não se pronunciará antes de ser ouvida pelas autoridades judiciais.A nota foi divulgada pela assessoria da prefeita na noite desta sexta-feira (9), mesma data em que a Justiça determinou a soltura de quatro dos 13 presos na operação Sevandija –que significa "parasita".

Foram soltos a advogada Maria Zuely Alves Librandi, dois empresários e uma administradora. Os motivos não foram revelados.Segundo membros da investigação, alguns dos presos procuraram os promotores e delegados da PF com a intenção de fazer delação premiada. A operação, no entanto, não revela os nomes dos detidos que demonstraram a intenção.Maria Zuely foi flagrada em escutas telefônicas que indicam a suspeita, conforme a investigação, de que a prefeita seja beneficiária de parte da propina paga para a prefeitura liberar honorários advocatícios referentes a um acordo de R$ 800 milhões.

Os indícios são de que a propina tinha como finalidade priorizar os pagamentos a ela. Fazendo isso, a prefeitura deixava de pagar por serviços essenciais, como a coleta de lixo, além de atrasar repasses a hospitais filantrópicos e ao IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários).

O montante de R$ 800 milhões é o total que vem sendo pago a servidores da prefeitura devido a perdas decorrentes do Plano Collor. Já foram pagos mais de R$ 300 milhões, além de cerca de R$ 40 milhões em honorários.

Esses honorários é que são o alvo da investigação. Os pagamentos a ela começaram a ser feitos em janeiro de 2013 e, até junho deste ano, chegaram a R$ 37 milhões.

Segundo os investigadores, a operação descobriu que a advogada pagava propina a Marco Antonio dos Santos e possivelmente a "mais alguém". Santos era secretário da Administração e foi preso no último dia 1°, quando a Sevandija foi deflagrada.

Em uma das escutas telefônicas interceptadas com autorização judicial, Maria Zuely conversa com outro advogado, Sandro Rovani, que também está detido. Ela diz que iria sacar R$ 70 mil no banco e pede para Rovani levar R$ 50 mil para "o nosso amigo" e o restante para "ela".

A suspeita da investigação é que "ela" seja uma referência a Dárcy.A advogada deixou a superintendência da PF em São Paulo no fim da noite desta sexta e chegou a Ribeirão por volta das 4h deste sábado (10).

PRISÃO

Os outros nove presos no dia da deflagração da operação seguem no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão Preto ou na superintendência da PF, na capital.Entre eles estão o secretário Santos, Ângelo Invernizzi (secretário da Educação) e o empresário Marcelo Plastino, dono da empresa Atmosphera.

Plastino manteve, conforme documentos obtidos pela Folha de S.Paulo, contato direto ou indireto com 11 vereadores, o equivalente a metade da Câmara.Sua empresa era contratada pela Coderp (companhia de desenvolvimento), ligada à prefeitura, para a terceirização de mão de obra. A suspeita é que a prefeitura usava a Coderp para contratar a Atmosphera, por meio de licitações fraudulentas, para abrigar funcionários terceirizados indicados por aliados de Dárcy, especialmente vereadores.

A PF informou que encerrou o inquérito referente à primeira fase da Sevandija e o encaminhou ao Ministério Público, para ser analisado. Nesta sexta, a Promotoria ofereceu denúncia na 4ª Vara Criminal. A polícia informou que será feito um novo pronunciamento sobre a operação na segunda-feira (12). Com informações da Folhapress.

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