Em NY, Temer diz que falta de 'ambição eleitoral' permite reformas

O presidente disse confiar na aprovação do teto de gastos até o fim do ano e da reforma na Previdência até o meio de 2017 pelo Congresso Nacional

© REUTERS/Lucas Jackson

Política EUA 20/09/16 POR Folhapress

Em entrevista à agência de notícias americana Bloomberg, durante sua ida a Nova York para a Assembleia Geral da ONU nesta terça (20), o presidente Michel Temer afirmou que o fato de não ter pretensões eleitorais lhe dá liberdade para avançar com medidas impopulares a fim de recuperar a economia.

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"Eu não tenho ambições eleitorais para 2018, então vou estar à vontade para enfrentar problemas aparentemente impopulares", afirmou.

Em pesquisa divulgada pelo Datafolha em julho para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018, o presidente e hipotético candidato do PMDB não configurava entre os postulantes favoritos ao cargo.

No cenário em que Aécio Neves é testado como o candidato do PSDB, Temer (5% de intenções de voto) aparece atrás do deputado do PSC, Jair Bolsonaro (7%), de Aécio (14%), a candidata da Rede Marina Silva (17%), e Lula (22%), e empatado com Ciro Gomes (PDT).

A avaliação de seu -até então interino- governo, no mesmo mês, era similar à de Dilma antes de deixar o cargo. Apenas 14% consideravam a gestão ótima ou boa, enquanto era avaliada como ruim ou péssima por 31%.

O presidente já havia refutado a possibilidade de se candidatar em 2018. Alguns de seus ministros, no entanto, cogitavam o nome do peemedebista para disputar as próximas eleições presidenciais.

À Bloomberg Temer declarou estar tomando "uma posição mais dura na política e na economia" e explicou os planos do governo de estabelecer um teto para os gastos públicos e de reformar a Previdência.

O presidente disse confiar na aprovação do teto de gastos até o fim do ano e da reforma na Previdência até o meio de 2017 pelo Congresso Nacional.

Ele também declarou que pretende gastar todo seu capital político para reforçar as contas públicas. Ele sinalizou ser difícil conceder novos aumentos para os funcionários públicos e que o Tesouro Nacional poderia ajudar a fornecer auxílio financeiro aos Estados endividados.

"Estamos em uma situação muito difícil, economicamente falando", afirmou. "Mesmo se melhorarmos um pouco no próximo ano, já será um grande passo."Pouco antes, em seu discurso de abertura do evento, Michel Temer ressaltou a importância de retomar o crescimento econômico e que exigirá "responsabilidade fiscal". Além disso, reafirmou a legalidade do impeachment de Dilma e que "no Brasil ninguém está imune à ação da lei".

"O Brasil acaba de atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional. Não há democracia sem Estado de direito -sem normas que se apliquem a todos, inclusive aos mais poderosos." (Com informações da Folhapress)

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