Decisão de Moro pode atrapalhar candidatura de Lula em 2018

Lula estava, até a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada em julho, na frente em uma hipotética corrida eleitoral simulada pelo instituto

© Reuters

Política Denúncia 20/09/16 POR Folhapress

Com a aceitação da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora réu pela segunda vez na Lava Jato, o juiz federal Sergio Moro pode mudar as perspectivas eleitorais do petista.

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Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, Lula estava, até a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada em julho, na frente em uma hipotética corrida eleitoral simulada pelo instituto.

Com 22% de intenções de voto, o ex-presidente se mantinha na frente de Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB), com respectivos 17% e 14%. Quando o cenário é composto por José Serra como o candidato do PSDB, Lula chega a 23%.

Apesar do favoritismo no primeiro turno, o ex-presidente é o campeão de rejeição: 46% dos entrevistados disseram que não votariam no petista de jeito nenhum.

Aécio e Michel Temer se encontram empatados em segundo lugar, com 29%.

Em disputas diretas do segundo turno, ele perderia para Aécio (38% contra 36%), Marina (44% contra 32%) e o tucano Geraldo Alckmin (38% contra 36%).

Caso condenado por Moro em primeira instância e pelo TRF (Tribunal Regional Federal) em segunda instância, Lula se tornará inelegível por oito anos pela Lei da Ficha Limpa. Não poderá disputar, portanto, qualquer cargo público até 2024, quando terá 78 anos.

O PROCESSO

A ação penal contra Lula começou a partir do momento em que Moro aceitou a denúncia contra ele. Durante o processo, o juiz ouvirá as partes: a acusação -Ministério Público-, a defesa de Lula e as testemunhas.

Se Lula for condenado, poderá recorrer em liberdade e sua defesa poderá questionar a decisão de Moro, levando o processo para segunda instância. Caso condenado novamente, seus advogados terão a possibilidade de entrar com recurso sobre a decisão, o que levará o processo a um tribunal superior.

Mesmo se condenado em segunda instância e absolvido posteriormente, Lula pode não disputar as próximas eleições. Segundo a Lei da Ficha Limpa, candidatos que tenham sido condenados por um órgão colegiado são impedidos de disputarem nova eleição ou assumir um novo mandato -ainda que caiba recurso.

FAVORITO

O ex-presidente manteve um estável favoritismo nos últimos nove meses, com um declínio de três pontos percentuais em março -mesma época em que foi levado coercitivamente para depor na Lava Jato. No mês seguinte ao episódio, recuperou as intenções de voto anteriores e até melhorou, chegando a 22% no meio de julho.

Confira a intenção de voto em Lula para presidente em 2018, ao longo das últimas pesquisas do Datafolha:

16 e 17/12/15: 20%

24 e 25/02/16: 20%

17 e 18/03/16: 17%

17 e 18/04/16: 21%

14 e 15/07/16: 22%. Com informações da Folhapress.

Leia também: Moro aceita denúncia e Lula vira réu na Lava Jato pela segunda vez

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