Policial que matou negro no Oklahoma se entrega e é solta após fiança

Shelby ficou detida por apenas 20 minutos e foi liberada após pagar fiança de US$ 50 mil

© Nicholas Kamm / Getty Images

Mundo EUA 23/09/16 POR Folhapress

Betty Shelby, a agente que matou um homem negro na última semana em Tulsa, em Oklahoma, foi acusada de homicídio culposo e se entregou na madrugada desta sexta-feira (23) à polícia.

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Shelby, 42, porém, ficou apenas 20 minutos detida, e foi liberada à 1h30 (3h30 em Brasília) após pagar fiança de US$ 50 mil (cerca de R$ 160 mil).

Na última sexta (16), a policial atirou em Terence Crutcher, 40, que estava com as mãos para o alto enquanto os agentes apontavam armas para ele.

Vídeos feitos por câmeras no carro e no helicóptero da polícia mostram o momento da abordagem. Não é possível ver se, no momento em que é baleado, ele tem algo nas mãos.

A policial diz que Crutcher não seguiu instruções e parecia estar tentando pegar um revólver no carro. A família diz que ele estava com as mãos para cima e não ameaçava os policiais.

Após examinar os vídeos, a Procuradoria chegou à conclusão de que Shelby "reagiu de forma irracional, causando escalada no confronto com Crutcher".

Para as autoridades, a decisão de acusar Shelby de homicídio culposo poderia conter as manifestações que tiveram início após a morte de Crutcher em Tulsa.

'PREOCUPAÇÃO DE TODOS'

Em entrevista ao programa "Good Morning America", da rede ABC, o presidente Barack Obama disse, na manhã dessa sexta (23), que os casos recentes de negros desarmados mortos pela polícia "deveriam ser um motivo de preocupação para todos os americanos".

Apesar de não querer comentar nenhum caso especificamente, Obama disse que, em Tulsa, as autoridades pediram a ajuda do Departamento de Justiça para investigar o caso de Crutcher.

O presidente afirmou que manifestantes que expressam suas frustrações com saques e depredações não estão "ajudando a causa" da justiça racial. "Minha esperança é que, nos próximos dias, as pessoas vão se unir e dizer: 'Como vamos fazer isso da maneira certa?'", disse.

"É importante para todos nós dizermos que queremos fazer isso direito."

Em Charlotte, na Carolina do Norte, as manifestações após a morte de que Keith Lamont Scott, 43, na terça-feira (20), terminaram em confrontos com a polícia. Foram três noites de protestos.

Na noite de quarta-feira (21), Justin Carr, 26, levou um tiro na cabeça quando manifestantes enfrentavam a tropa de choque em frente a um hotel no centro da cidade. Ele morreu nesta quinta-feira (22). As autoridades dizem que o tiro não partiu de um policial.

Nesta quinta-feira, contudo, os protestos em Charlotte foram pacíficos. As autoridades impuseram um toque de recolher às 21h15 (hora local), suspenso às 6h. O toque de recolher deve se estender alguns dias na cidade, enquanto o estado de emergência declarado pelo governo estadual estiver em vigor.

Scott, negro, foi morto com um tiro pelo policial Brentley Vinson, também negro, em meio a buscas por suspeito na última terça-feira.

Com informações da Folhapress.

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