Uma simples análise ao sangue pode dar uma grande ajuda no tratamento da depressão, para identificar quais os remédios que serão mais eficazes para tratar a depressão em cada paciente.
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O estudo, publicado na revista científica International Journal of Neuropsychopharmacology, conclui que ao fazer um exame de sangue para identificar o nível de inflamação de cada paciente, é possível prever a que tratamento eles responderiam melhor.
Conforme a CNN, outros estudos recentes já haviam sugerido uma ligação entre os altos níveis de inflamação em pessoas com depressão e o baixo sucesso dos tratamentos de primeira linha – mais leves e que são feitos com inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS).
Identificar precocemente o nível de inflamação do paciente pode indicar desde logo se será necessário um tratamento com medicamentos mais fortes – evitando assim o processo de tratamento por tentativa erro que ocorre atualmente.
Carmine Pariante, professor de psiquiatria biológica no King’s College London, criador deste teste e principal autor do estudo, disse à CNN: “Se [os pacientes] não melhoram, trocam os medicamentos uma e outra vez na esperança de que algum funcione. Este teste de sangue pode reduzir este tempo de resposta ao tratamento, ao indicar um medicamento que provavelmente será mais eficaz".
Para verificar a eficácia deste teste, Carmine e a sua equipe de pesquisadores analisaram em 140 participantes com depressão os níveis dos marcadores biológicos MIF e (IL)-1 β. Os resultados mostraram que um terço (33%) dos pacientes tinha níveis altos destes marcadores e, portanto, um alto nível de inflamação. Ao verificar que os mesmos pacientes não responderam à primeira linha de medicamentos prescrita, os cientistas concluíram, então, que quando um paciente apresenta níveis altos destes marcadores precisará de um tratamento mais forte.