© Waldemir Barreto / Agência Senado
Principal tema do programa eleitoral de Marta Suplicy exibido na segunda (26), o Bar do Alemão foi o ponto de partida dos compromissos de campanha da candidata do PMDB na manhã desta terça-feira (27).
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Foi no estabelecimento, que tem o mesmo nome do bar que o rival Celso Russomanno (PRB) manteve em Brasília, que a candidata se encontrou com apoiadores e o filho Supla, na avenida Cangaíba, zona leste de São Paulo.
"Verdade?", afirmaria a jornalistas, pouco mais de uma hora depois, em outra caminhada no bairro Chácara Três Meninas, quase na divisa com Guarulhos. "Olha, essa foi coincidência", riu.
Marta disse estar "tranquila" com a vitória e que não se perturba com os resultados das últimas pesquisas Datafolha, divulgada nesta terça (27), e Ibope, de segunda (26). Ambas colocam a candidata em terceiro lugar -no Datafolha, registrou 15% das intenções de voto ante 30% de João Doria Jr. (PSDB) e 22% de Russomanno.
Para a senadora licenciada e ex-prefeita, "o termômetro, a pesquisa, é a rua" e "a eleição é assim, tem altos e baixos". "Já ganhei e perdi muitas eleições, né? [Com] o termômetro da rua, e ele é bom."
"O Doria está forte, mas nada está resolvido. São Paulo se resolve nos últimos dois, três dias, na boca da urna", comentou. Sobre o pedido de cassação da candidatura do tucano feito pelo Ministério Público, afirmou ter conhecimento de que ele usaria métodos "não republicanos" na campanha, mas que deixaria a investigação para o órgão.
A respeito dos ataques de sua campanha a Russomanno, centrados na administração de empresas falidas do apresentador de TV desde o debate da Record, no domingo (25), Marta disse que "a população agradece a informação".
"São Paulo não é brincadeira. É uma cidade complexa, com inúmeros problemas. Não é reality show. A cidade tem direito, sim, de ter essa informação", comentou.Russomanno acusou nesta terça a campanha de Marta de ter cooptado ex-funcionários do Bar do Alemão para prestar depoimentos no programa eleitoral. "Enviamos pessoas a Brasília para ver se achávamos algum garçom que tivesse processo contra ele. E achamos três", respondeu a candidata, após ser questionada sobre a acusação. Negou, porém, a cooptação: "Cooptar é pagar. Ninguém foi pago".
PAPITO
Filho de Marta com Eduardo Suplicy, candidato a vereador pelo PT, o músico Supla acompanhou a mãe pela primeira vez em um evento destas eleições.
Recentemente, ele publicou um vídeo em suas redes sociais em que dizia que a mãe era "golpista" e o pai, "petista". Depois, explicou que se tratava de uma brincadeira para promover sua nova música, "Anarquia Lifestyle".
Sobre o assunto, limitou-se a repetir que tinha ido "apoiar a melhor candidata à Prefeitura de São Paulo". Disse que também votaria no pai, candidato de partido adversário ao da mãe: "Isso é mais do que declarado". E que participava dos compromissos de Marta não por convite dela, mas por vontade própria.
O característico visual punk de Supla, de jaqueta e botas pretas, chamou a atenção dos moradores, que o abordavam ao longo das caminhadas para tirar selfies e lhe pedir autógrafos. Desviando de buracos e poças de água suja na rua Uaranapu, na Chácara Três Meninas, brincou que, caso fosse prefeito, a primeira coisa que faria seria cuidar do esgoto a céu aberto naquela via. Com informações da Folhapress.
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