Petróleo limita ganho da Bolsa, mas dólar cai após debate nos EUA

O dólar teve comportamento misto frente às principais moedas, mas caiu ante o real. Já o peso mexicano foi a moeda que mais se valorizou nesta sessão

© Reuters

Economia Mercado financeiro 27/09/16 POR Folhapress

Pesquisas de opinião mostrando que a democrata Hillary Clinton venceu o primeiro debate contra o republicano Donald Trump na corrida à Casa Branca trouxeram alívio aos mercados nesta terça-feira (27). Em Nova York, os índices acionários subiram, e o Ibovespa acompanhou o movimento, mas de forma limitada pelo recuo do petróleo.

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O dólar teve comportamento misto frente às principais moedas, mas caiu ante o real. Já o peso mexicano foi a moeda que mais se valorizou nesta sessão.

"A boa atuação dos democratas no debate de ontem [segunda-feira] mantém a percepção de risco mais tranquila. Com isso, temos ganhos nas moedas emergentes, apesar da queda das commodities", comenta a equipe de análise da Lerosa Investimentos, em relatório.

Os investidores temem uma eventual vitória de Trump na eleição de novembro, já que o candidato é considerado protecionista e radical por vários analistas.

Os juros futuros recuaram, após o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central reduzir a projeção para a inflação oficial em 2017. O documento reforçou as apostas de um corte da taxa básica de juros (Selic) em outubro. O CDS (credit default swap) brasileiro, indicador de percepção de risco, também caiu.

CÂMBIO E JUROS

O dólar comercial terminou em baixa de 0,52%, a R$ 3,2310. A moeda americana à vista fechou em leve alta de 0,15%, a R$ 3,2341.

O Banco Central leiloou, como tem ocorrido diariamente, 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.

Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos, ressalta que o dólar tem se mantido na faixa entre R$ 3,20 e R$ 3,30. "Para que a moeda americana recue mais, é preciso que haja avanço no ajuste fiscal do governo", afirma.

O mercado de juros futuros recuou, reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação do BC, que projetou inflação de 4,4% em 2017, abaixo do centro da meta, que é de 4,5%.

O contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 13,775% para 13,785%. O contrato de DI para janeiro de 2018 caiu de 12,220% para 12,150%, no patamar mais baixo desde o final de janeiro do ano passado; e o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 11,730% para 11,580%, no menor nível desde outubro de 2014.

O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, caía 1,82%, aos 274,090 pontos.

BOLSA

O Ibovespa abriu em baixa, mas inverteu o sinal com o otimismo em Nova York, após o debate entre Hillary e Trump e com o aumento do índice de confiança do consumidor americano acima do esperado em setembro.

O índice terminou o pregão em alta de 0,57%, aos 58.382,49 pontos. O giro financeiro foi fraco, de R$ 5,7 bilhões.

No entanto, a alta do Ibovespa foi limitada pelo recuo das ações da Petrobras, que perderam 2,08%, a R$ 13,12 (PN), e 0,34%, a R$ 14,65 (ON).

Os papéis da estatal foram pressionados pela queda de cerca de 3% do petróleo no mercado internacional. As expectativas de um acordo entre produtores nesta quarta-feira (28), em reunião na Argélia, diminuíram depois que o Irã sinalizou que o encontro terá caráter "consultivo".

As ações da Vale subiram 0,46%, a R$ 15,25 (PNA), e 0,91%, a R$ 17,70 (ON), apesar do recuo do minério de ferro na China.

O setor financeiro recuperou-se das perdas da véspera. Itaú Unibanco PN fechou com ganho de 1,14%; Bradesco PN, +2,07%; Bradesco ON, +0,45%; Banco do Brasil ON, +0,83%; Santander unit, +1,71%; e BM&FBovespa ON, +0,71%.

EXTERIOR

Em Nova York, o índice S&P 500 fechou em alta de 0,64%; o Dow Jones, +0,74%; e o Nasdaq, +0,92%.

Além do debate dos candidatos à Casa Branca, o otimismo dominou o mercado americano com a divulgação do índice de confiança do consumidor, que subiu para 104,1 em setembro, ante 101,8 em agosto e estimativas de 99.

As Bolsas europeias fecharam em leve baixa, influenciadas pelo recuo do petróleo e pela preocupação com a saúde dos bancos. A Bolsa de Londres recuou 0,15%; Paris, -0,21%; Frankfurt, -0,31%; Madri, -0,27%; e Milão, -0,36%.

Na Ásia, as Bolsas reagiram positivamente ao debate entre os candidatos à presidência dos EUA. Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,64%. O índice de Xangai subiu 0,60%. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,84%. Com informações da Folhapress.

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