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Após ser ultrapassado nas pesquisas pelo candidato João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) criticou a falta de limite para autodoação nas campanhas eleitorais.
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Com patrimônio de R$ 180 milhões, Doria já doou R$ 2,9 milhões para si mesmo até o momento. Com mais tempo de TV e dinheiro que Russomanno, ele chegou aos 30% de intenções de voto, à frente do candidato do PRB com 22%.
"Esse é um problema que tem que ser corrigido. Tem que ter um limite de doação para os candidatos que têm poder aquisitivo alto, porque senão você vai ver o seguinte: as pessoas com muito poder aquisitivo vão dominar a política brasileira", afirmou Russomanno.
Ele afirmou que a questão financeira ajuda o tucano. "Eu não sei se estou sendo prejudicado, mas quando você tem mais gente na rua, mais gente divulgando seu trabalho, mais poder aquisitivo para gastar fazendo seus programas de televisão e você tem mais dinheiro para poder trazer os partidos que vão fazer parte da base de sustentação da campanha", disse.
Ele também afirmou ser "muito triste" a negociação de cargos no governo Geraldo Alckmin (PSDB) para formar a coligação de Doria. A coligação do tucano é a que garantiu mais tempo de TV, e conta com os seguintes partidos PSDB, DEM, PP, PPS, PV, PMB, PHS, PSL, PTdoB, PRP e PSB.
"Eu não tenho tempo de mostrar as propostas. Com um minuto de televisão versus cinco, com nove comerciais versus 50, é humanamente impossível você mostrar o que você pretende. Agora, quando você no segundo turno, aí os tempos são iguais e os dois candidatos vão poder mostrar", disse.
Russomanno também voltou a criticar Marta Suplicy (PMDB), que segundo ele faz ataques "sujos" e "rasteiros", relacionados a um bar dele que fechou com dívida milionária em Brasília (DF). "Ela está me criando problemas seríssimos dizendo que sou mau administrador. Que segurança que eu vou ter com os fornecedores?", diz.
"Ela se esquece da história dela. O pai dela faliu, eu não tenho falência", disse. Com informações da Folhapress.