Procurador-geral diz que políticos se uniram para fraudar Petrobras

PGR descreve os políticos investigados como integrantes de uma quadrilha organizada

© Reuters / Ueslei Marcelino

Política Denúncia 29/09/16 POR Folhapress

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que políticos de diferentes partidos se organizaram em uma estrutura criminosa para desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos da administração pública.

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A tese embasa o parecer em que o PGR pede ao STF (Supremo Tribunal Federal) o fatiamento do principal inquérito Operação Lava Jato.

O procedimento foi aberto março do ano passado para investigar o chamado núcleo político do esquema de corrupção na estatal. O documento, enviado à corte na terça (27), só foi tornado público nesta quinta-feira.

"Como destacado, alguns membros de determinadas agremiações organizaram-se internamente, valendo-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para cometimento de crimes contra a administração pública", diz Janot.

Na peça, o PGR descreve os políticos investigados como integrantes de uma quadrilha organizada.

"Elementos de informação que compõem o presente inquérito modularam um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e outra em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes", detalha.

O inquérito em questão miram em 66 políticos filiados a PT, PMDB e PP. Janot requereu agora que o Supremo autorize o desmembramento em quatro procedimentos distintos. Um deles abarcaria os políticos do PT; outro os do PP. Um terceiro teria como alvo os quadros do PMDB no Senado e o último, os peemedebistas da Câmara.

Na lista de suspeitos estão personagens como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o ex-presidente da Câmara Valdir Maranhão (PMDB-MA): e presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

"Com isso, poderá ser atribuída ordenação e organização das ações, melhor controle e percepção da realidade criminosa, melhor avaliação das hipóteses e racionalização dos meios a serem empregados durante os trabalhos", justifica Janot, ao pedir a separação dos casos em apurações distintas.

Agora, caberá ao relator do casos da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, decidir se autoriza ou não o fatiamento proposto pelo Ministério Público Federal. Com informações da Folhapress.

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