5 maiores erros do Nobel: armas químicas, lobotomia e outros

O Comitê apresenta esta semana os vencedores do prêmio em 2016

© REUTERS/Claudio Bresciani/TT News Agency

Mundo suécia 05/10/16 POR Notícias Ao Minuto

É um fato bem conhecido que um Prêmio Nobel não pode ser retirado, por isso o júri tem de fazer um trabalho intenso para escolher seus laureados. No entanto, no passado foi feito um grande número de erros que têm minado significativamente a reputação do Prêmio Nobel.

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Nesta quarta, o Comitê do Nobel apresentou os vencedores do Nobel de Química. O francês Jean-Pierre Sauvage, 71 anos, o britânico James Fraser Stoddart, 74, e o holandês Bernard Feringa, 65, conquistaram nesta quarta-feira (5) o Prêmio Nobel de Química de 2016 pelo desenvolvimento de máquinas moleculares.

Neste contexto, o jornal norueguês Aftenposten produziu uma lista dos cinco maiores erros do Comitê, que em retrospectiva manchou o status do Prêmio.

Guerra química

O químico alemão Fritz Haber foi premiado com o Nobel de Química em 1918 pela descoberta da produção de gases sintetizando amoníaco por combinação de nitrogênio com hidrogênio. O método foi utilizado para a produção de fertilizantes, o que levou a grandes avanços na agricultura em todo o mundo.

No entanto, o Comitê Nobel não teve em conta o papel de Haber na guerra química durante a Primeira Guerra Mundial. Haber era um entusiasta da campanha militar da Alemanha e desempenhou um papel importante no primeiro ataque de gás em grande escala que ocorreu em Ypres, Bélgica, em 1915. No total, 10.000 soldados aliados foram atingidos. Metade deles morreu, enquanto os restantes sofreram de cegueira temporária.

Falso câncer

O médico dinamarquês e professor de patologia Johannes Fibiger recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1926 pela descoberta de que a lombriga causava câncer em ratos. Segundo a pesquisa de Fibiger, os roedores desenvolveram câncer ingerindo larvas de lombrigas ao comer baratas. Mais tarde se verificou que o câncer em ratos foi causado por falta de vitamina A, enquanto as larvas acabaram por não ter importância.

Pesticidas perigosos

O químico suíço Paul Müller recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1948 por ter descoberto novos métodos de uso do pesticida DDT. Foi anunciado que o agente era altamente eficaz na erradicação de moscas, mosquitos, besouros e outros insetos que poderiam ser potencialmente prejudiciais para as culturas agrícolas e transmitir doenças como a malária e tifo aos seres humanos. Este uso do DDT foi considerado responsável por ter salvo centenas de milhares de vidas e levou à erradicação da malária no Europa do Sul.

No entanto, os ambientalistas na década de 1960 descobriram que o DDT envenenava a vida silvestre e o meio ambiente. Mais tarde, o pesticida foi proibido mundialmente.

Lobotomias

O médico português António Egas Moniz recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1949 pelo desenvolvimento da lobotomia como tratamento cirúrgico para transtornos mentais. As lobotomias foram amplamente praticadas na terapia psiquiátrica na década de 1940, com dezenas de milhares de operações realizadas anualmente. Este método muito controverso envolvia cortar ou raspar a maioria das ligações de e para o córtex pré-frontal nos lobos frontais do cérebro e provou ter efeitos secundários graves, como lesões cerebrais graves. Em meados da década de 1950, as lobotomias foram depressa e quase completamente abandonadas.

Ignorando os importantes

O político e filósofo indiano Mahatma Gandhi é considerado um dos principais defensores mundiais da não-violência. Embora fosse nomeado para o Prêmio Nobel da Paz cinco vezes, Gandhi nunca o ganhou.

O Comitê Nobel, que não tem o hábito de reconhecer seus erros, mais tarde admitiu que não ter atribuído o prêmio a Gandhi foi claramente uma omissão. Em 1989, quando Dalai Lama recebeu o prêmio, o presidente do Comitê do Nobel norueguês, Egil Aarvik, disse que esse prêmio devia também ser visto como uma homenagem a Mahatma Gandhi.

Outro exemplo marcante de tais decisões duvidosas, omitido obviamente pelo Aftenposten, é a premiação do presidente norte-americano Barack Obama com o Nobel da Paz em 2009 pela promoção da não proliferação nuclear. No entanto, a administração democrata, que tem travado mais guerras do que seu antecessor republicano George Bush, não conseguiu fazer jus à retórica pacífica de Obama. (SputnikBrasil)

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