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Em época arrocho fiscal para tentar reequilibrar as contas públicas, o presidente Michel Temer (PMDB) ofereceu um jantar para quase 300 parlamentares e cônjuges, no último domingo (9). O objetivo do peemedebista era garantir apoio e quórum para a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos, que foi aprovada com 366 votos favoráveis, um dia depois do jantar, na segunda-feira (10).
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De acordo com a apuração feita pela Exame, atravé de estimativas de buffets de Brasília, para organizar o jantar no Palácio do Planalto, o governo federal desembolsou, no mínimo, R$ 50 mil. Questionada sobre o valor que teria sido desembolsado para a realização do jantar, a assessoria da presidência afirmou que não possui essa informação.
Segundo informações do cerimonial, o jantar reuniu 281 convidados: 217 parlamentares – incluindo Maia e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) -, 33 ministros e assessores especiais e 31 esposas de congressistas. Temer estava acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer.
O cardápio contava com salada com molho agridoce, risoto de shitake, filé ao molho madeira, salmão grelhado, legumes ao vapor e pene com tomate seco. Na sobremesa, as opções também eram variadas: frutas, pudim de tapioca e goiabada com queijo.
Para beber, além de água e refrigerante, foram servidos Chadornnay Casa Vadulga e o vinho Norton Cabernet Sauvignon. Buffets consultados pela reportagem avaliaram que o gasto do governo com o jantar deve ter variado entre R$ 180 e R$ 200 por pessoa. Ou seja, o valor total desembolsado seria entre R$ 50,9 mil e R$ 56,6 mil.
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