Família de delegado que autuou Crivella vai processá-lo

Filha afirma que candidato tenta manchar imagem do pai, morto em 2012

© Getty Images

Brasil difamação 25/10/16 POR Notícias Ao Minuto

Uma ação na Justiça contra o candidato do PRB à prefeitura do Rio, o senador Marcelo Crivella, pretende ser movida pela família do delegado João Kepler Fontenelle, morto em 2012.

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Em 18 de janeiro de 1990, o policial era o titular da 9ª DP (Catete), quando Crivella, como engenheiro, foi acusado de retirar um vigia, com o auxílio de homens armados, para desocupar um terreno em Laranjeiras que pertenceria à Igreja Universal do Reino de Deus, onde o candidato era pastor.

Para a filha do delegado, Flávia Fontenelle, o fato de Crivella, após 26 anos, acusar o pai dela por abuso de autoridade, sem que ele possa se defender, é uma tentativa de “manchar a imagem” do delegado com objetivos políticos, e por isso que processá-lo por calúnia, difamação, além de danos morais, segundo O Globo.

"Nós estamos extremamente consternados e indignados com essa tentativa de manchar a imagem do meu pai. É como se estivessem matando ele pela segunda vez. Colocar a culpa em alguém que já morreu e não pode se defender é muita falta de escrúpulos. Ele acusa meu pai de abuso de autoridade para alcançar vantagens políticas a qualquer custo", disse Flávia. Fontenelle morreu vítima de um câncer severo na bexiga.

A matéria foi publicada pela revista Veja neste fim de semana, e trouxe em sua capa a foto do candidato de frente e de perfil, sendo fichado na delegacia, durante o registro em flagrante de uma invasão de domicílio a um terreno na Rua Senador Corrêa, em Laranjeiras. Depois de analisar os fatos, o delegado Fontenelle alterou o registro como “exercício arbitrário das próprias razões”, que significa quando a pessoa decide tomar para si atribuições que não são dela.

Já o senador negou a prisão, desmentindo a revista que publicou que ele passou o dia detido e só saiu com o compromisso de voltar no dia seguinte. Neste fim de semana, ao explicar o caso em vídeo que circulou pelas redes sociais, o candidato afirmou que o caso não teria virado processo, pelo contrário, Crivella é quem teria movido uma ação contra Fontenelle por abuso de autoridade e assegura ser Ficha Limpa.

Para a filha do agente falecido, o pai sempre foi considerado um policial rígido, lembrado inclusive em reportagens da época por sua coragem e determinação. Ele se dedicou à Polícia por 48 anos, se aposentando em 2000, quando alcançou a aposentadoria compulsória aos 70 anos.

Condecorado diversas vezes, o delegado recebeu como as medalhas “Honor Legion”, do Departamento de Polícia de Nova York, e Tiradentes, concedida pela Alerj, pelos anos de dedicação e serviços prestados à polícia.

Leia também: Após notícia de prisão de Crivella, polícia abre investigação

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