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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem tendo prejuízos pelo comportamento da torcida do país nos estádios. A Fifa multou, novamente, a entidade por conta dos gritos homofóbicos dos torcedores em jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
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Além da cobrança, fez ainda um alerta: se o ritmo de punições continuar, o Brasil pode ser obrigado a mudar o local onde manda suas partidas.
De acordo com o portal iG, os episódios ocorreram na partida contra a Bolívia, no dia 6 de outubro, que terminou com vitória da seleção, com multa de 25 mil francos suíços (cerca de R$ 83 mil) à CBF. Já em setembro, depois dos gritos homofóbicos dos torcedores quando o goleiro adversário se preparava para cobrar o tiro de meta em Manaus, contra a Colômbia, a punição foi de 20 mil francos (cerca de R$ 66 mil).
A CBF uniu forças com a Conmebol e tentaram juntos convencer a Fifa de que os gritos de "bicha" eram "culturais". O presidente da Federação Uruguaia de Futebol, Wilmar Valdez, confirmou que houve tentativa de explicar que o uso de certas palavras para ofender o adversários não tinham o caráter de homofobia.
A Fifa não só rejeitou o argumento, como ainda avisou que vai continuar aplicando punições caso isso continue. "É uma questão de educação e não pode ser autorizada", decretou Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa, que completou:
"O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero. Isso tem de parar. Para a Fifa, a tolerância é zero com relação à homofobia".