Governo descarta retomada neste trimestre e reduz expectativa do PIB

Agora, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) trabalha com uma alta do PIB na casa de 1% no próximo ano, ante a previsão oficial anterior de 1,6%

© Valter Campanato/Agência Brasil

Economia Meirelles 11/11/16 POR Folhapress

Além de jogar a toalha sobre a volta do crescimento no final deste ano, a equipe econômica do governo Temer já reduziu também sua previsão em relação a 2017. Agora, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) trabalha com uma alta do PIB na casa de 1% no próximo ano, ante a previsão oficial anterior de 1,6%.

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A projeção pode ficar ainda mais negativa depois da vitória de Donald Trump. Segundo assessores presidenciais, o governo do republicano é uma incógnita e pode gerar turbulências nos mercados mundiais, afetando o ritmo da economia no Brasil.

A alta do dólar nesta quinta-feira (10), acima de 4%, foi vista como um alerta do que pode ocorrer daqui para a frente, podendo tornar ainda mais difícil, segundo assessores, a tarefa do governo de recuperar o crescimento.

Daí que a ordem agora é tentar reverter esse cenário. Segundo a Folha apurou, a equipe de Temer prepara a segunda etapa de sua política econômica, a ser lançada no início do próximo ano, com foco em reformas microeconômicas, para fazer a economia voltar a andar com medidas no campo da produtividade e competitividade.

O governo já fechou uma parceria com o Banco Mundial para elaborar um conjunto de ações em setores como energia e transporte.

CRÉDITO

Segundo um auxiliar de Temer, a economia está num ritmo mais lento que o esperado neste fim de ano por causa do fraco desempenho do crédito.

Com isso, o governo já não conta mais com uma recuperação da economia neste quarto trimestre e acredita que a melhora do ritmo só acontecerá em 2017.

Essa frustração já fez também a equipe econômica alterar suas previsões para o ano que vem. Meirelles já fala num crescimento menos "exuberante", próximo de 1%. O mercado chegou a falar até em 2% de alta do PIB em 2017. E agora surgiu o fator Trump, podendo gerar mais dúvidas.

Para evitar um 2017 ruim, a equipe econômica vai focar mais ações voltadas para "pôr a economia para funcionar", passada a fase de votação e apresentação de medidas fiscais, como o teto de gastos e a reforma da Previdência.

Em outras palavras, o governo deixará de mirar apenas o ajuste fiscal e vai elaborar medidas para acelerar o crescimento e o investimento. A ideia é reduzir principalmente o custo de energia e de transporte dentro do país.

O Planalto conta ainda com as mudanças nas regras de exploração do pré-sal e com a volta dos leilões de concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. Também aposta na continuidade da redução dos juros.

Em outubro, o Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. Com informações da Folhapress.

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