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Apesar do uso de antibióticos ter reduzido nos últimos anos, as maioria das pessoas ainda acredita que os medicamentos são eficazes no combater vírus, uma crença agravada pela falta de tempo dos pais em estar em casa na doença.
Apostar na prevenção e mudar hábitos pode fazer toda a diferença, alerta o especialista em Medicina Tradicional Chinesa Hélder Flor, em comunicado.
“Os pais acreditam que se as crianças tomarem antibiótico vão melhorar mais rápido. Logo vai destruir a flora intestinal que é essencial para o nosso sistema imunológico e provocar obstipação, prisão de ventre ou diarreia. Mas é a longo prazo que o impacto é mais grave. Estamos criando uma geração mais resistente à ação dos antibióticos e aumentando a proliferação de 'superbactérias', o que quer dizer que os antibióticos vão ser cada vez menos eficazes nos casos que são realmente necessários e os nossos filhos cada vez mais vulneráveis às bactérias”, explica o especialista.
A prescrição deste tipo de medicamento apenas para as doenças bacterianas é o primeiro passo para inverter esta tendência, mas também há uma parte preventiva do processo que se faz através do reforço do sistema imunológico.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, se nada for feito, em 2050 morrerão anualmente cerca de 390 mil pessoas na Europa e 10 milhões em todo o mundo em consequência direta das resistências aos antibióticos.
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