© REUTERS/Ricardo Moraes
O delegado da Divisão de Homicídios, Fábio Cardoso, disse neste terça-feira (22) que não foi encontrado sinais de execução em cinco dos sete mortos no último final de semana na Cidade de Deus, zona oeste do Rio.
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No domingo (20) de manhã, moradores encontraram sete corpos nas proximidades da região, na área conhecida como Caratê.
Familiares dizem que os rapazes foram mortos com sinais de execução, como tiros nas costas e na nuca.
Segundo o delegado, a perícia feita em cinco deles não constatou "tiros à queima roupa ou outras perfurações com características de execução". "Os tiros foram disparados de longe", disse Cardoso. A perícia dos outros dois mortos será concluída nesta quarta-feira (23).
Os sete corpos foram encontrados após intenso tiroteio na madrugada na Cidade de Deus. No sábado (19), um helicóptero da Polícia Militar caiu no final da tarde durante operação no local. Quatro PMs morreram na queda.
Na tarde desta terça, os corpos dos sete mortos foram sepultados no Rio. Todos tinham passagem pela polícia. Cinco deles foram presos por tráfico. O único menor foi preso em 2014 por roubo. O outro morto teve duas anotações em delegacias, sendo uma por agressão.
O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, afirmou que a apuração será rigorosa e não vai "tolerar" excessos.
A polícia investiga se o grupo morreu durante confronto com militares ou com milicianos, que comandam uma comunidade vizinha.
Nesta terça, a Polícia Militar realizou o quarto dia de operações na Cidade de Deus. A Justiça decretou na segunda-feira (21) a prisão de nove traficantes da região. Com informações da Folhapress.