© Reprodução / Murillo Tinoco
A joalheria Antonio Bernardes criou um "sistema paralelo" para que o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), preso há mais de uma semana pela Polícia Federal, pudesse comprar joias em dinheiro vivo e sem notas fiscais. Segundo depoimento de Vera Lúcia Guerra, gerente da loja no Shopping da Gávea, Cabral teria comprado R$ 5,1 milhões em joias neste sistema, que também não fazia nenhuma comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda (Coaf).
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De acordo com as informações do jornal O Globo, depoimento de Vera Guerra e as provas colhidas junto à joalheira H.Stern, onde Cabral comprou outros R$ 2,1 milhões em joias pelo mesmo método, em espécie e sem notas fiscais, compõem o mais recente conjunto de provas reunido pela Operação Calicute para sustentar que o ex-governador comandava um esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro — incluindo a compra de joias caras, conforme o jornal O Globo revelou com exclusividade no dia 17 — pelo qual teriam circulado R$ 224 milhões durante os seus governos (2007-2014).
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