Lava Jato: Emílio Odebrecht vai cumprir 4 anos em prisão domiciliar

A pena do dono da Odebrecht não será cumprida de imediato

© Reuters

Política Odebrecht 08/12/16 POR Notícias Ao Minuto

Em função de acordo de colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato, Emílio Odebrecht, patriarca da empreiteira que leva seu sobrenome, irá cumprir pena de quatro anos de prisão domiciliar.

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Segundo a Folha de S. Paulo, o acordo foi feito entre o dono da Odebrecht e os procuradores da força-tarefa. Emílio cumprirá os dois primeiros anos em prisão domiciliar no regime semiaberto, quando poderá trabalhar durante o dia e deverá estar em casa à noite.

Os dois anos restantes da pena ele deverá estar em casa nos finais de semana, em regime aberto, usando tornozeleira eletrônica nesse período.

A pena do dono da Odebrecht não será cumprida de imediato. Com a responsabilidade de atuar como uma espécie de "fiador" dos acordos celebrados entre a empresa e a Lava Jato, durante um período superior a um ano ele ficará livre.

Esse acordo vai ajudar na implementação das diretrizes anticorrupção acordadas com os investigadores e também comandará a transição das lideranças dentro da Odebrecht, consequência do afastamento dos funcionários que participaram da delação premiada.

Segundo fontes da Odebrecht que pediram para não serem identificadas, após a Lava Jato descobrir que na empresa havia um departamento destinado à propina, Emílio procurou os integrantes da força-tarefa com a proposta de apresentar aos investigadores.

O patriarca, então, contou práticas da empresa desde a época em que ele era presidente até o período do comando pelo seu filho Marcelo.

Ainda em depoimento, Emílio falou sobre as relações da empreiteira com o ex-presidente Lula. Ele e o ex-diretor Alexandrino Alencar eram os responsáveis na Odebrecht pelo contato com Lula.

Emílio assumiu o cargo de diretor-presidente da Odebrecht em 1991, em substituição ao pai, Norberto. Ficou no posto até 2002, quando deu lugar ao executivo Pedro Novis. Em 2009, Novis foi substituído por Marcelo, que ficou no cargo até ser preso na Lava Jato. Desde 1998 Emílio é presidente do conselho de administração da Odebrecht, cargo sem função administrativa.

Marcelo Odebrecht continua preso em Curitiba e só sairá da cadeia no final de 2017. Depois disso, cumprirá cinco anos de prisão domiciliar usando tornozeleira, conforme a Folha adiantou. Metade desse tempo será em regime fechado, sem direito a sair de casa. A metade final será em regime semiaberto, onde é permitido que ele saia para trabalhar durante o dia e volte à noite para sua residência.

A Folha destaca que a Odebrecht assinou o maior acordo de leniência (espécie de delação para empresas) já feito no mundo, em que se propôs pagar uma multa de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 8,4 bilhões), dividida em 23 parcelas.

Leia Também: Citado na Lava Jato, Raimundo Carreiro é eleito presidente do TCU

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