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O que muitos funcionários do Polo Naval de Rio Grande temiam se concretizou. Nesta segunda-feira (12), o Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande anunciou que 3,2 mil funcionários da Engevix Construções Oceânicas (Ecovix) foram demitidos. De acordo com a entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente da entidade, Benito Gonçalves, chorou:
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"Acabaram com a gente. Estão acabando com o sonho do brasileiro. A única forma que tem de ser decente é ter trabalho e pagar as contas. Agora, nem isso", lamentou.
Segundo a Zero Hora, a demissão em massa era especulada desde o agravamento da crise na Petrobras, e ganhou força depois da divulgação pelo jornal Valor Econômico de que a empresa entraria com pedido de recuperação judicial. A Ecovix, entretanto, não havia confirmado a informação.
A empresa de construção naval disse que negociava com a estatal pagamentos e a continuidade de contrato para construção de mais três cascos de plataformas no Rio Grande do Sul. Como não houve acordo, as demissões foram confirmadas.
Somente 200 trabalhadores seguiram atuando na manutenção da estrutura do estaleiro. Outros 300 continuam porque estão afastados.
Conforme informações do sindicato, as rescisões serão pagas dia 19, com dinheiro adquirido pela Ecovix da multa pela suspensão do contrato com a Petrobras. No dia seguinte a empresa deve entrar com pedido de recuperação judicial.
A Ecovix é um braço da empreiteira Engevix, investigada na Operação Lava Jato e que teve um dos sócios preso preventivamente. A origem da empresa está relacionada à encomenda dos oito cascos para plataformas de petróleo pela Petrobras. O contrato somava US$ 3,5 bilhões e previa a entrega das unidades até este ano.