Anvisa suspende vacina que protege bebês contra tuberculose

A agência apontou indícios de falhas nas chamadas "boas práticas" de fabricação da vacina

© Reuters

Brasil SAÚDE 21/12/16 POR Folhapress

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira (21) que seja suspensa a fabricação da vacina BCG e do medicamento Imuno BCG pela Fundação Ataulpho de Paiva, do Rio de Janeiro.

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A BCG é recomendada a recém-nascidos como proteção contra a tuberculose. Já o medicamento é indicado para tratamento de câncer superficial de bexiga. Atualmente, a Fundação Ataulpho de Paiva é a única empresa a produzir essa vacina no país, além de ser responsável por fornecê-las ao SUS. A produção gira em torno de 15 milhões de doses ao ano.

Segundo informações da Anvisa, a suspensão ocorre após uma inspeção feita em parceria com a Superintendência de Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro apontar indícios de falhas nas chamadas "boas práticas" de fabricação -conjunto de regras que devem ser cumpridas durante o processo de produção.

Com a medida, a empresa fica impedida de poder fabricar novos produtos até que sejam feitas as correções necessárias, informa a agência. A suspensão foi publicada no "Diário Oficial da União". A inspeção ocorreu entre 28 e 30 de novembro. Questionada, a agência não informou quais falhas foram identificadas. A reguladora informa, no entanto, que "os processos da empresa não são eficientes para a identificação de desvios de qualidade e suas causas".

Ainda de acordo com a Anvisa, a medida não afeta os produtos que já estão no mercado, os quais "podem continuar sendo utilizados". Isso porque os lotes são submetidos a testes de controle de qualidade pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) antes de serem liberados para consumo, informa.

INSPEÇÃO E VACINASEssa não é a primeira inspeção feita na Fundação Ataulpho de Paiva. Em junho, após pedido da agência, a empresa chegou a apresentar um plano de ação para tentar corrigir as falhas apontadas.

Agora, o plano deve ser acompanhado pelos órgãos e o resultado será condição para que a empresa possa receber uma nova autorização para fabricar os produtos, informa a Anvisa.

Procurada pela reportagem no início da tarde desta quarta-feira, a Fundação Ataulpho de Paiva não respondeu até o momento. Já o Ministério da Saúde informou, em nota, que a distribuição da vacina BCG "está regularizada" no país e que o estoque disponível "é suficiente para garantir o fornecimento aos estados por mais oito meses".

Segundo a pasta, em 2016, foram distribuídas 7,6 milhões de doses da vacina. O ministério diz ainda que passará a adquirir a vacina de um laboratório internacional, medida que visa "garantir a proteção da população até que a Fundação Ataulpho de Paiva tenha condições de restabelecer a produção nacional, garantindo a biossegurança". Com informações da Folhapress.

LEIA TAMBÉM: Anvisa fecha fábrica clandestina de próteses dentárias e ortopédicas

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