BNDES pagou mais R$ 190 mi em dividendos sobre lucro de 2015

Pela lei das empresas abertas, os dividendos referentes ao lucro de um ano são pagos no início do seguinte, mas podem ser antecipados

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Economia Empresa 26/12/16 POR Estadao Conteudo

O BNDES pagou no último dia 23 mais R$ 190 milhões em dividendos referentes ao lucro de 2015, conforme consta no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 26. No fim do ano passado, o banco já havia pagado R$ 3,342 bilhões em dividendos antecipados sobre o lucro de 2015, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo na época. Pela lei das empresas abertas, os dividendos referentes ao lucro de um ano são pagos no início do seguinte, mas podem ser antecipados.

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Com o complemento, o BNDES pagará à União um total de R$ 3,533 bilhões do lucro de R$ 6,198 bilhões registrado ano passado - aí são considerados Juros sobre Capital Próprio (JCP) e dividendos, as formas pelas quais as empresas distribuem seus ganhos para os acionistas.

O valor repassado equivale a 57% do lucro líquido, ou 60% do "lucro líquido ajustado". Com isso, o banco de fomento já seguiu a nova política de dividendos, anunciada na última sexta-feira, que garante para o banco um mínimo de 40% de seu lucro ajustado, que considera o desconto da "reserva legal" do lucro.

Na gestão anterior do BNDES, de 2007 a 2015, o banco repassava um montante muito maior do lucro à União. Do lucro de 2014, foram repassados R$ 6,815 bilhões, 79,3% do lucro líquido, não ajustado. O auge foi 2010, quando o BNDES entregou ao governo federal 98,3% do lucro - quase R$ 10 bilhões.

A política de repassar quase todo o lucro para a União era criticada por muitos especialistas em contas públicas. Os críticos argumentam que o governo federal usava o BNDES para "fabricar" receita, pois o lucro do banco cresceu com os aportes do Tesouro Nacional. Como o governo se endividou para fazer esses aportes, era como se a dívida fosse transformada em receita corrente, para ajudar no equilíbrio das contas do governo. Foi um dos mecanismos de "contabilidade criativa" da gestão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Agora, a nova gestão do BNDES, liderada pela economista Maria Silvia Bastos Marques, mudou a política de repasse do lucro. A lei das empresas abertas diz que no mínimo 25% dos dividendos devem ser sempre distribuídos. A nova política do BNDES determina que, além desse mínimo, um "pagamento suplementar" de até 35% do total estará "condicionado à demonstração de capacidade de atendimento dos limites prudenciais internos e externos, no horizonte de três anos".

Com isso, a nova política "restringe a até 60% do lucro liquido do exercício a distribuição de dividendos ou juros sobre capital próprio a seu acionista, a União", como informa nota divulgada pelo BNDES na sexta-feira. Segundo a instituição de fomento, de 1997 a 2015, foram distribuídos à União, em média, 85% do lucro gerado.

O BNDES acumulou lucro de R$ 4,240 bilhões de janeiro a setembro deste ano, uma queda de 36,1% ante igual período de 2015, sinalizando repasses menores em 2017.

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