Em missa da Epifania, Papa condena 'culto ao poder'

Para o Papa, Deus quis nascer "onde ninguém esperava ou até onde nós não queríamos" para mostrar que "sua força e seu poder se chamam misericórdia"

© Reuters

Mundo Igreja Católica 06/01/17 POR Notícias Ao Minuto

Celebrando a missa da Epifania, quando a Igreja Católica celebra a visita dos Reis Magos ao menino Jesus, o papa Francisco criticou o culto ao poder que existe no mundo.

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"Os magos vieram do Oriente para adorar e foram ao lugar próprio de um rei: o palácio. É próprio de um rei nascer em um palácio e ter sua corte e seus súditos. É sinal de poder, de sucesso, de ápice. E se pode acreditar que um rei seja venerado, temido e adulado, sim, mas não necessariamente amado", afirmou o Pontífice no início da homilia desta sexta-feira (6).

Continuando seu raciocínio, Jorge Mario Bergoglio destacou que "esses são os esquemas mundanos, os pequenos ídolos para os quais prestamos culto". "O culto do poder, da aparência e da superioridade. Ídolos que prometem apenas tristeza, escravidão, medo", acrescentou.

Segundo o líder católico, as pessoas assim como ocorreu com os magos, devem perceber que Deus não está nos palácios, mas nas periferias.

"Descobrir que quem buscavam não estava no palácio, mas estava em outro lugar, não apenas geográfico, mas existencial. Ali, não viram a estrela que os conduzia a descobrir um Deus que quer ser amado. E isso só é possível com o sinal da liberdade e não da tirania. Descobrir que o olhar desse Deus desconhecido, mas desejado, não humilha, não escraviza e não aprisiona", destacou.

Para o Papa, Deus quis nascer "onde ninguém esperava ou até onde nós não queríamos" para mostrar que "sua força e seu poder se chamam misericórdia".

"Herodes não pode adorar porque não quis e porque não quis mudar sua visão, já que acreditava que tudo começava e terminava com ele mesmo. Nem os sacerdotes puderam adorar porque sabiam muito, conheciam as profecias, mas não estavam dispostos a caminhar nem a mudar", disse ainda.

Com sua criatividade e inovação na língua italiana, o sucessor de Bento XVI criou uma nova palavra para explicar a busca dos fiéis por Deus: "nostalgioso".

"O crente 'nostalgioso', movido por sua fé, busca Deus como os magos, nos lugares mais escondidos da história porque sabe em seu coração que Deus o espera ali. Vai na periferia, nas fronteiras, nos lugares não evangelizados para poder encontrar-se sempre com o Senhor. E não o faz com um ar de superioridade. O faz como um pedinte que não pode ignorar que a Boa Nova ainda é uma terra a ser explorada", afirmou ainda. (ANSA)

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